A desvalorização de veículos elétricos é uma das principais dúvidas na hora da compra. Por serem carros relativamente novos no mercado, a precificação é uma incógnita. Mas conforme eles ganham mercado, essa preocupação pode ser reduzida.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

Com o aumento das vendas (só os elétricos cresceram 35% em 2024), eles já começam a aparecer como seminovos e seus preços pela Fipe — tabela que é referência do mercado e amplamente utilizada por lojistas e seguradoras — mostram que não estão assustando quem os revendem. 

Quer dizer, uma parte não. Caso da GWM, que possui duas versões do Ora 03, a Skin e a GT e que foram os modelos menos desvalorizados em seus segmentos. 

O Ora 03 GT, que era vendido como zero-km em janeiro de 2024 por R$ 184 mil, após quase um ano desvalorizou apenas 12%. As comparações foram feitas entre janeiro e dezembro de 2024. 

Continua depois da publicidade

Já Ora 03 Skin teve uma desvalorização um pouco maior, mas ainda muito boa em seu primeiro ano: 14%. Em janeiro de 2024 ele era vendido a R$ 150 mil e o mesmo veículo agora está por R$ 127.600 na tabela Fipe. 

Outros elétricos

Mesmo os BYD não apresentaram susto na hora da revenda: o Dolphin depreciou 15%, enquanto na versão Plus, mais cara, foi de 17,4%. Outros veículos elétricos tiveram desvalorização maior, como Mini Cooper (27,2%) e Peugeot E-208 GT (40,8%). 

O caso do Renault Kwid E-Tech é emblemático porque o elétrico teve sucessivas reduções de preços como zero-km, o que derrubou seu valor como seminovo em 42%. 

Modelos a combustão têm quedas maiores

Na comparação com veículos a combustão, versões mais equipadas apresentam maior desvalorização. É o caso do Hyundai Creta N Line (16,4%) e do Jeep Renegade S T270 (19,6%).

Continua depois da publicidade

Em contrapartida, modelos mais simples tendem a depreciar menos. É o caso do Nissan Kicks Exclusive 1.6 (14,4%), Chevrolet Tracker Midnight 1.0 Turbo (15,7%) e Jeep Renegade Longitude T270 (16,96%), índices bem mais aceitáveis. 

Outras tabelas além da Fipe

A referência da tabela Fipe é importante, contudo, discutida. Embora os preços tenham base nacional, em muitas regiões do País os valores se distanciam da tabela que também é referência na aplicação de IPVA pelos estados. 

Os preços médios também não consideram descontos aplicados, o que podem fazer um modelo ser ainda mais depreciado conforme a relação oferta e demanda. 

Por exemplo, para não deixar um carro encalhado em sua loja, o revendedor pode reduzir seu lucro e repassar aquele carro por um valor muito abaixo da tabela, enquanto para outros modelos mais procurados e de menor oferta valorizá-lo mais ainda. 

Continua depois da publicidade

Hoje é preciso considerar uma média dos preços pedidos em classificados online e observar as variações também em tabelas Molicar e KBB. A Autoavaliar, por sua vez, exibe os preços em cada estado para quem compra e para quem vende, considerando a diferença de valor que vai para os intermediários (lojistas). 

Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficial

Leia também

Mercedes-Benz lança linha 2025 do Classe C, com conectividade constante; saiba preços

Florianópolis tem os menores valores de seguro do Brasil, aponta levantamento