O caso do clube flutuante de Balneário Camboriú, que naufragou durante a passagem de um ciclone extratropical no começo deste mês, chegou ao Ministério Público Federal (MPF). A instituição acompanha as consequências do episódio através de uma notícia de fato. A possibilidade de dano ambiental preocupa especialistas da área.
Continua depois da publicidade
> Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Partes do bar já foram vistas em sete cidades catarinenses até o momento, informou ao g1 SC o Instituto Anjos do Mar, ONG que atua na segurança náutica e proteção das praias na região.
O órgão solicitou à prefeitura e Capitania dos Portos informações sobre o acidente relacionadas à “potenciais danos ambientais e segurança da navegação”.
O g1 SC procurou a empresa responsável pelo empreendimento, a Capitania dos Portos e a prefeitura de Balneário Camboriú. Até a última atualização deste testo, apenas o município respondeu (leia abaixo).
Continua depois da publicidade
Em nota, a prefeitura de Balneário Camboriú disse que “acompanha a situação e que já fez uma reunião com os empresários do empreendimento para avaliar a situação”. Além disso, falou que a limpeza ocorre, mas é preciso “ter paciência”.
Destroços no mar
No documento enviado ao MPF, a associação afirma que há preocupação de que alguns destroços se transformem em microlixo, que são muito mais difíceis de serem retirados do meio ambiente.
De acordo com Marcelo Ulysséa, coordenador do Instituto Anjos do Mar, voluntários já recolheram cerca de uma tonelada de materiais do naufrágio em Balneário Camboriú, Navegantes, Penha, Balneário Piçarras, Barra Velha e São Francisco do Sul e Itajaí.
“A nossa maior preocupação é com o isopor, que é o mais nocivo para espécies de peixes e aves. São espécies que acabam ingerindo o isopor e isso entra na nossa cadeia e acaba também nos prejudicando”, afirmou.
Continua depois da publicidade
Em 10 de agosto, segundo a empresa, a plataforma estava atracada junto ao píer dos pescadores, na foz do Rio Camboriú, em Balneário Camboriú, mas as amarras se soltaram e, à deriva, a estrutura se desmontou e naufragou. O espaço tinha 950 metros quadrados e foi construído para receber 700 pessoas.
O que diz a prefeitura
A prefeitura de Balneário Camboriú informou que acompanha a situação e que já fez uma reunião com os empresários do empreendimento para avaliar a situação.
Segundo Maria Heloísa Lenzi, secretária do Meio Ambiente do município, a limpeza avança, “mas é preciso ter paciência, pois as estruturas são de grande porte e pesadas”.
Na semana passada, a secretária teve uma nova reunião com um dos empresários para apresentar o avanço na limpeza. A plataforma tem entre os proprietários o apresentador Álvaro Garnero. São sócios do negócio também Reinaldo Oliveira, Marlon Cristiano e Lucas Araújo.
Continua depois da publicidade
Leia também
A máquina gigante e milionária ‘made in Pomerode’ apresentada na Febratex
Após críticas, cuca gigante de Blumenau será bancada por empresa