O croata Luka Modric deu adeus às madeixas para pagar uma promessa depois do título da Liga dos Campeões conquistado com o Real Madrid, mas chega à Copa do Mundo confiante e determinado para ser a pedra no sapato dos brasileiros na estreia, nesta quinta-feira, às 17h, no Itaquerão.
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O meia de 28 anos percorreu um longo caminho para ser aceito pela exigente torcida ‘merengue’. Contratado por 44 milhões de euros junto ao Tottenham em 2012, ele precisou esperar um ano para justificar o investimento.
Na sua primeira temporada, não conseguiu se adaptar ao esquema tático de José Mourinho e chegou a ser eleito a pior contratação do ano por internautas em pesquisa realizada pelo jornal esportivo Marca. No comando do italiano Carlo Ancelotti, ele virou ídolo do estádio Santiago Bernabeu, por conta do seu trabalho incansável no meio de campo e sua habilidade para encontrar brechas nas defesas adversárias com a precisão dos seus passes.
Com o título europeu em mãos, Modric cortou o cabelo logo depois da vitória por 4 a 1 sobre o Atlético de Madri na final da Champions.
– Não sou supersticioso. Pelo menos, estou parecendo mais jovem. Se o pessoal achar isso feio, ainda posso usar uma peruca – brincou o meia em entrevista coletiva realizada na última terça-feira.
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Ele dá o aviso
Com seu novo visual, Modric espera colocar a Croácia de volta entre as melhores seleções do planeta, como a geração dourada de 1998, que chegou à semifinais da Copa do Mundo na França. Com oito gols em 75 partidas, ele é o verdadeiro “cérebro” do time.
– Ninguém deveria subestimar a Croácia, Sempre jogamos bem em grandes competições. Estamos em um grupo complicado (com Brasil, México e Camarões), mas queremos chegar longe – avisou o jogador do Real.
Com um sorriso tímido, Modric sabe que sua equipe terá uma tarefa difícil contra Neymar e companhia na estreia, mas acredita no potencial da sua equipe.
– É lógico que será muito difícil, mas temos condições de mostrar as nossas qualidades e derrotar o Brasil. Não acho que estejamos na pior das situações. Eles precisam ganhar, enquanto nós não temos tanta pressão – analisou.
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Batalha do meio
Apesar do favoritismo dos brasileiros, o meia não pretende mudar seu estilo de jogo.
– Se conseguirmos manter a posse, trocar passes, será fundamental. Não podemos jogar só nos defendendo. Se nos defendermos o jogo todo, sem tentar mostrar nossas qualidades, vai ser pior para nós. Espero ganhar essa batalha no meio. Quem for melhor, vai ganhar a partida – explicou.