Embora SC ainda ocupe o posto de menor taxa de desocupação do país, não há muitas razões para celebrar. O Estado atingiu no segundo trimestre índice de 7,5% ante 6,7% no mesmo período do ano passado, aumento de 12%, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. No país, o índice ficou em 13% ante 11,3% no ano passado e 13,7% no primeiro trimestre. A unidade da federação com maior taxa foi Pernambuco, com 18,8%.

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Há em toda SC 283 mil pessoas sem trabalho, levando-se em conta ocupações com ou sem carteira assinada. O número é um pouco menor que no trimestre anterior (297 mil), mas, como o emprego é muito influenciado pela sazonalidade – com aumento de contratações no período de Natal e verão, por exemplo – a comparação recomendada pelo IBGE é com o mesmo período no ano anterior. Nesse paralelo, houve 17% de crescimento, o que representa 41 mil desempregados a mais no Estado.

Para se ter uma ideia do quanto esse número é grave, no segundo trimestre de 2014, quando a recessão ainda não mostrava reflexos no Estado, havia 96 mil pessoas sem trabalho.

A notícia boa é que a deterioração de mercado de trabalho vem perdendo força. Em termos absolutos, o aumento no desemprego vem caindo desde o primeiro trimestre do ano passado para as comparações interanuais. Passou de de 71% de crescimento entre janeiro e março de 2016 na comparação com os três primeiros meses de 2015 e foi caindo gradativamente até chegar a 17% nesta última pesquisa.

Para o levantamento, são considerados ocupadas as pessoas que exerceram ao menos uma hora de atividade remunerada na semana de referência, ou seja, na semana anterior à da entrevista do IBGE. Os desocupados são os que fazem parte da força de trabalho e estão efetivamente à procura de serviço.

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