Uma pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com a Astrazeneca, entrevistou 1.601 homens com idades entre 40 e 70 anos, nas 10 principais capitais brasileiras e detectou que 77% dos entrevistados não fazem o exame por preconceito. 

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O estigma em torno desse procedimento é cultural e, ainda hoje, muitos homens acreditam que o exame de toque retal pode, de alguma forma, afetar sua masculinidade. Por falta de informação ou preconceito, muitos deixam de fazer consultas de rotina que poderiam contribuir para a identificação do tumor em estágios iniciais e facilitar o processo de tratamento e de cura. O câncer de próstata, vale lembrar, é uma doença silenciosa: os principais sintomas só começam a se manifestar quando o tumor está em fases avançadas.

Para mudar esse cenário, a principal medida preventiva é a realização dos exames, que são simples, rápidos e indolores.

Exame de toque retal

É o único que permite que o médico sinta os tecidos da próstata, identificando alterações e informações relevantes, como consistência, dimensão e a eventual presença de zonas suspeitas na glândula. O procedimento dura poucos segundos e os resultados são imediatos: a partir da avaliação do médico urologista, é possível detectar o tumor prostático em estágio inicial. Mesmo após o tratamento, é recomendada a realização do exame como forma de monitoramento clínico.

Esse exame deve ser realizado periodicamente a partir dos 40 anos. No caso de homens que possuem histórico familiar ou outros fatores de risco, é importante buscar orientação médica. 

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PSA

Outros exames complementares, como o PSA, também são importantes para o diagnóstico. A análise de antígeno prostático específico (PSA) é feita a partir de um exame de sangue: por meio da técnica de radioimunoensaio, é possível medir os níveis dessa glicoproteína no sangue, nas células da próstata e no sêmen. Uma dose elevada de PSA pode indicar a presença de tumor prostático, e este é, hoje, um dos principais métodos para identificar o câncer mesmo na ausência de sintomas. 

Contudo, o PSA sozinho não é suficiente: existem outros fatores que podem fazer com que os níveis se elevem, como idade avançada, prostatite, uso de determinados medicamentos, e até mesmo andar regularmente de bicicleta. Por isso, é importante fazer os dois exames de maneira complementar. Com base nos resultados, o médico pode definir a periodicidade de repetição dos testes.

Por que fazer os exames?

As principais formas de prevenção são a manutenção de um estilo de vida saudável e de qualidade e os exames preventivos, feitos de maneira periódica.

Como esse tumor se desenvolve muito lentamente e seus sintomas só se manifestam em estágios mais avançados, é comum que ele seja identificado de forma tardia, o que dificulta o tratamento e diminui drasticamente a chance de cura. E, ao contrário do que muita gente acredita, o câncer de próstata não é uma doença que atinge apenas a população idosa: o tumor pode aparecer em qualquer idade, mas os cuidados devem ser maiores a partir dos 50 anos. Contudo, o estado geral de saúde é mais importante do que a idade quando se trata de fazer o rastreamento preventivo da doença.

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A recomendação é que:

  • Homens com alto risco (com um parente de primeiro grau diagnosticado antes dos 65 anos) façam os exames preventivos a partir dos 45 anos; 
  • Homens com risco ainda mais alto (com mais de um parente de primeiro grau diagnosticados em idade precoce) iniciem os cuidados aos 40 anos.

O monitoramento do câncer de próstata deve ser feito com acompanhamento médico, de preferência um profissional urologista, que pode indicar os exames necessários e, se for o caso, uma biópsia da próstata.

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