As taxas anuais de desmatamento na Amazônia brasileira, que haviam caído nos últimos anos, aumentaram 29% entre agosto de 2012 e julho de 2013. É a primeira vez em cinco anos que o índice de destruição cresce na região conhecida como Amazônia Legal, que cobre nove Estados.
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O valor, maior do que o estimado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em dezembro do ano passado, significa que 5.891 quilômetros quadrados (km²) foram desmatados no período, comparados a 4.571 km² entre agosto de 2011 e julho de 2012.
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Os dados divulgados pelo Inpe são fruto de mapeamento periódico feito no âmbito do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Em dezembro, relatório divulgado em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente já apontava alta, mas informava que o índice havia sido de 28%.
Apesar do aumento, essa é a segunda menor taxa de desmatamento na Amazônia Legal desde que o instituto começou a medi-la, em 1988. Desde 2004, com a criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), houve redução de 79% no processo (veja a evolução da taxa por Estado).
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Os Estados que mais desmataram no último ano foram o Pará, com 2.346 km²; o Mato Grosso, 1.139 km²; e Rondônia, com 932 km². São consideradas no levantamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o chamado “corte raso”.