Deslizamento na BR-376 atingiu mais de 20 veículos e resgate pode durar dias

Mais de 20 veículos foram atingidos no deslizamento de terra que ocorreu na noite desta segunda-feira (28) na BR-376, na divisa entre Santa Catarina e o Paraná. Uma morte já foi confirmada por equipes da Polícia Rodoviária Federal e equipes de segurança seguem no local nesta terça-feira (29) para o resgate de possíveis vítimas.

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Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, a previsão é que o resgate demore dias para ser realizado. Isto porque há dificuldades no acesso aos veículos. Segundo a pasta, há caminhões, por exemplo, que estão segurando a terra no local. Ao menos seis caminhões e entre dez e 15 veículos de passeio foram atingidos pelo deslizamento.

— Muitos carros podem estar soterrados. Vai levar um tempo para tirar a grande massa e procurar as vítimas — pontuou o Coronel Vasco, da Polícia Militar do Paraná, durante a coletiva.

Para atendimento da ocorrência, o governo paranaense montou um gabinete de crise, que contará com membros da Defesa Civil, PM, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Científica e PRF. A situação na região é considerada instável e há, inclusive, riscos de novos deslizamentos no local.

— A Defesa Civil está acompanhando e monitorando o local. Já trabalhamos para a retirada dos caminhoneiros e motoristas que estavam em áreas de risco. Agora, geógrafos e engenheiros avaliam o local para iniciar os resgates. Ali é uma região de alto risco e há um volume de massa muito grande sobre a pista — diz o Cel. Fernando Raimundo Schünig, Coordenador Estadual da Defesa Civil no Paraná.

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Conforme o boletim divulgado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, até às 11h30 desta terça-feira, três pessoas foram atendidas com vítima. Não há estimativa de desaparecidos.

A primeira morte foi confirmada na manhã desta terça-feira (29). O corpo foi encontrado por volta das 22h30, segundo a PRF. A identidade da vítima não foi divulgada.

Além disso, um homem de 43 anos foi encaminhado para o Hospital São José, em Joinville. De acordo com a prefeitura, ele é motorista de caminhão e estava em um dos veículos que desceu a ribanceira. A vítima recebeu alta na manhã desta terça-feira após realizar exames e receber atendimento.

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Veja o mapa que mostra o local do deslizamento

Relembre o caso

O deslizamento ocorreu no início da noite, por volta das 18h40min, na pista sentido Santa Catarina. O mesmo local já havia registrado um outro deslizamento, de menor volume, durante o dia. Equipes trabalhavam no local e a pista havia acabado de ser liberada para tráfego. Conforme relatos, os veículos ainda estavam parados no local quando o deslizamento ocorreu. Parte dos veículos, inclusive, teria sido arrastada para fora da rodovia.

Segundo a Autopista Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho Norte da BR-101 em Santa Catarina e também pela BR-376 no Paraná, não há previsão de liberação da pista. Todas as faixas dos dois sentidos da rodovia precisaram ser interditadas.

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Os bloqueios ocorrem na praça de pedágio de São José dos Pinhais, no Paraná, no km 635 da rodovia, na unidade da PRF em Tijucas do Sul, no km 662, e na praça de pedágio de Garuva, no Norte de Santa Catarina, no km 1,3 da BR-101.

Por isso, a recomendação é de que os motoristas retornem e sigam pelas seguintes vias:

• BR-376/PR – interdição no km 635 sul: opções de retorno no km 617, 619, 625 e 633
• BR-376/PR – Interdição no km 662 sul: opções de retorno no km 644, 648 e 654.
• BR-376/PR – Interdição no km 669 sul: opções de retorno no km 663.
• BR-101/SC – Interdição no km 1 norte: opções de retorno no km 27, 25, 20, 14, 10, 6 e 1,8.

Uma das rotas alternativas indicadas no momento para ligação entre os dois estados é pela BR-470 e BR-116.

Além do Corpo de Bombeiros de Garuva, Santa Catarina também enviou para auxiliar nas buscas duas equipes especializadas em atendimentos extremos, de Balneário Camboriú e Itajaí, que possuem equipamentos para acesso a áreas deslizadas e resgate veicular. O Estado disponibilizou, ainda, binômios — duplas entre bombeiro militar e cão de busca — para atuar na procura por pessoas desaparecidas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Paraná, há muita instabilidade no solo no local. Equipes de geólogos e engenheiros, inclusive, trabalham na avalição para avançar com os trabalhos. Também é retirado materiais e cortando árvores para ter acesso às vítimas.

Mais de 100 bombeiros, cães farejadores e policiais fazem parte da megaoperação de resgate.

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