Enquanto metade da população catarinense tem renda média mensal de R$ 1,2 mil, os membros do 1% mais rico do Estado recebem cerca de R$ 22,1 mil por mês através do trabalho. A desigualdade nos salários é grande, mas ainda assim é a segunda menor do Brasil segundo o IBGE, em edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta quarta-feira (6).
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Em Santa Catarina a diferença do 1% mais rico em relação aos 50% mais pobres é de 18 vezes, enquanto no Brasil o número chega a 33 vezes. SC fica atrás apenas de Goiás, onde os mais ricos ganham 17,9 vezes mais. Os números são referentes aos rendimentos da população brasileira em 2019.
Por outro lado, o IBGE aponta que nos últimos dois anos a desigualdade salarial aumentou entre os homens e mulheres catarinenses. Em 2018 os homens recebiam, em média, 34% a mais que as mulheres. A nova edição da pesquisa aponta que agora a diferença está em 36%. Na prática, isso quer dizer que os homens catarinenses têm renda mensal média de R$ 2.873, contra R$ 2.112 das mulheres. Essa diferença aumentou em outros 15 estados brasileiros, inclusive todos das regiões Sul e Sudeste. Em nível nacional o número é menor, com uma diferença salarial de 28%.
70% dos catarinenses tiveram renda em 2019
Santa Catarina teve em 2019 o segundo maior percentual do Brasil de pessoas com rendimento de trabalho ou outras fontes. Segundo a pesquisa, sete em cada dez catarinenses tiveram alguma renda no ano, o que representa uma população de 4,958 milhões de pessoas entre o total de 7,153 milhões de habitantes.
Entre essa população com renda, o valor médio recebido por mês em Santa Catarina foi o quinto maior do Brasil: R$ 2.536. O maior valor do país é do Distrito Federal, com rendimentos médios de R$ 4.044.
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Conforme o IBGE, o salário responde por 75% da economia dos lares catarinenses, enquanto outros tipos de renda compõem os outros 25%, sendo que aposentadorias e pensões têm a maior fatia (19%). Os números mostram que nos últimos anos a participação dessas outras fontes de renda no orçamento das famílias de Santa Catarina diminuiu, enquanto a fatia do trabalho cresceu.