Um Dia dos Pais animado, em contato com a natureza, cheio de música e tradição. Foi assim que o vigilante Emir Menestrina, 46 anos, escolheu celebrar a data que o homenageia, ao lado da esposa Patrícia e dos filhos Giovani e Gustavo.
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Para ele, nascido e criado no bairro Vila Nova, ir à Festa do Colono já é costume desde a adolescência, e simboliza uma forma de reencontrar velhos amigos e reviver o passado.
– Sou do sítio e acho importante mostrar aos pequenos como foi minha infância. Tem criança que nunca viu uma vaca, um cavalo – conta.
O sol ajudou a vencer o frio na manhã deste domingo e garantiu um caloroso e vibrante desfile típico. Sob os acordes de bandônions, cerca de 180 pessoas caminharam pela Estrada Comprida, dividindo espaço com dezenas de animais – cavalos, cachorros, coelhos, filhotes de porco, galos, galinhas, e até mesmo um pônei e um bezerro.
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Além deles, tratores, carroças, charretes, bicicletas e carrinhos-de-mão passaram pela rua de barro, representando os meios de locomoção e trabalho dos colonos.
– Não há dúvidas de que a festa é fundamental para a manutenção da cultura local, através da divulgação da história e do trabalho dos agricultores – afirma Emir.
A Sociedade Piraí, organizadora do evento, tem uma equipe com cerca de 50 pessoas que atua na sua preparação. Vilson Zoller, presidente da entidade, estima que mais de 3 mil visitantes compareceram aos três dias de festividades – metade deles no domingo. Ele conta que o público aumenta a cada ano, o que é motivo de orgulho para toda a comunidade.
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-Das 38 edições, esta é a 14ª que organizo. A festa é também um evento pessoalmente importante pra mim, pois meus filhos contribuem para passar adiante os ensinamentos que eu herdei do meu pai na época em que morava no bairro. Tenho um carinho imenso pela região – revela, emocionado.