As calçadas próximas à avenida Beira-rio foram ocupadas por milhares de pessoas durante a tarde desta segunda-feira (9) na programação que comemorou os 169 anos de Joinville. Dentre as atrações da festividade, o desfile cívico contou com a presença de aproximadamente 4 mil pessoas, representando 80 instituições que passaram pela avenida.
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Desfilaram escolas municipais, estaduais e particulares; clubes de automóveis, de ciclismo e serviços; associações desportivas, de classe e moradores; grupos folclóricos, culturais e de dança; entidades ligadas à área da saúde; e realeza da 82ª Festa das Flores, do Carnaval e a Miss Joinville.
Entre eles, admiradores de Joinville, que não são naturais da cidade, também comemoraram os 169 anos de fundação. Antônio Borges dos Santos, 66 anos, veio morar em Joinville depois de uma visita à cidade, em 2012.
— Adorei, me apaixonei por Joinville. Em 2014 voltei para ver a Copa do Mundo daqui, depois teve o casamento da minha filha e resolvi vim para ficar — brinca.
O amor é tanto, que Antônio escreveu uma canção para o aniversário da cidade.
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— Agora eu não sou mais estanciano. Agora eu sou joinvilense — brinca.
A aposentada Maria Airoff, de 65 anos, mora há 40 anos em Joinville e não perde uma edição dos desfiles cívicos desde quando saiu de sua cidade natal, Presidente Getúlio.
— Esse é um dos eventos que eu mais gosto na cidade. Sempre venho com minha família desde que vim morar aqui — acrescenta.
A aposentada incentivava o filho a participar dos desfiles desde pequeno e, agora, leva o netinho de um ano e meio de idade para acompanhar.
Em razão do desfile, a partir das 12 horas o trânsito no entorno do Centreventos Cau Hansen foi controlado. A partir das 15h30, as ruas do entorno foram interditadas, incluindo a Hermann August Leppes, José Vieira (Beira-rio) e Marcos Welmuth.
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O trânsito voltou gradativamente ao normal logo após o término do desfile, às 19h. Durante todo o período, agentes do Detrans estiveram na região orientando o trânsito.
Homenagem ao imigrante valoriza a história da cidade
O desfile foi o grande evento do dia, mas a programação começou já pela manhã, às 9 horas, com a homenagem ao imigrante, na Casa da Memória, anexo ao Cemitério do Imigrante. Neste ano, a homenageada foi a suíça Veronika Vogelsanger. Nascida em 1821, na pequena comunidade de Beggingen, no Cantão de Shcaffhausen, chegou a Joinville em 1852, acompanhada do marido e seus dois filhos.
À época, o local era ainda um pequeno vilarejo no meio da mata tropical e do mangue, com cerca de 700 habitantes, senso a maioria imigrantes europeus. A família se estabeleceu em um lote no interior da Colônia Dona Francisca, atual bairro Vila Nova, e dedicou-se à agricultura.
Em 1859, Veronika ficou viúva e mudou-se para outro lote na Estrada dos Morros, onde até hoje vivem seus descendentes. Na propriedade maior e com terra mais fértil, dedicou-se ao cultivo de cana-de-açúcar e à produção de melado, cachaça e açúcar mascavo.
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Mais tarde, os filhos se mudaram para Curitiba em busca de novas oportunidades de trabalho. Ao retornarem, investiram em uma serraria movida à água, existente até hoje. Veronika Vogelsanger faleceu em 5 de maio de 1899, aos 78 anos e está sepultada no Cemitério do Imigrante de Joinville.
Comemoração especial pela NSC Comunicação
A NSC Comunicação também entrou no clima do aniversário de Joinville com uma série de produções especiais nos seus veículos e um evento especial para o público no Mercado Público, com show nacional com Arlindinho Cruz.
As apresentações musicais começaram às 14 horas, com apresentação do joinvilense Alysson Rocha, em um show de sertanejo e pagode, seguido pelo DJ Gerson Júnior, que tocou as melhores do pop rock. Após o esquenta, o show de Arlindinho Cruz e sua banda lotou a espaço do Mercado Municipal. Cerca de 10 mil pessoas passaram pelo evento durante todo o dia.