O Ministério Público de Santa Catarina determinou a reabertura da investigação sobre o sumiço de vacinas contra a Covid-19 em Apiúna, no Vale do Itajaí. Após quase dois meses de trabalho, a Polícia Civil concluiu o inquérito no fim da semana passada e não apontou nenhum suspeito do possível furto.
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No inquérito policial, o delegado Filipe Martins afirmou não ser possível dizer se de fato alguém levou a medicação do posto de saúde central de Apiúna ou se houve o extravio do frasco com 10 doses da CoronaVac. Ele citou que a desorganização da prefeitura no controle e segurança do imunizante prejudicou a apuração.
O Ministério Público não informou quais são as diligências determinadas agora pelo promotor Victor Abras Siqueira com a justificativa de não atrapalhar o caso.
Em uma rede social, o prefeito Marcelo Doutel da Silva manifestou indignação quanto ao desfecho da investigação da Polícia Civil, mesmo diante do auxílio da Administração Municipal. Ele cobrou a identificação do responsável, citando inclusive o mercado negro da vacina contra Covid.
— A Polícia Civil terá de continuar com o inquérito e, se não achar responsável, que passe para a Polícia Federal. O que nós precisamos é acabar com a impunidade. Achar ladrão de galinha é simples, mas aqui nós estamos falando de algo de interesse nacional — disse o prefeito.
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Confira nota do MP
“O Ministério Público, como destinatário final da investigação, vislumbrou outras diligências que podem ser feitas para tentar se chegar à autoria do fato e requereu que o delegado as cumpra. Por questão de sigilo, este órgão não tem como dizer qual diligência é essa, sob pena de inviabilizá-la.”