Uma dos problemas que o técnico Caio Júnior precisa resolver se quiser ver o Criciúma na briga pelo título do Campeonato Catarinense de 2014 é o ataque. Os números são implacáveis com o clube do Sul do Estado. Apesar de terminar a primeira fase da competição na segunda colocação, o Tigre marcou apenas 10 gols em nove jogos, mesmo número de Atlético-Ib e Juventus, os dois últimos colocados.

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No quadrangular, a situação piorou e, até o momento, o ataque tricolor do Sul do Estado ainda não balançou as redes. Fernanda Karanga, Lulinha, Lucca e Rodrigo Silva já passaram pelo setor e estão acabando com a paciência do torcedor, como revelaram as vaias para o último atacante. O Diário Catarinense convidou dois ex-ídolos da torcida do Criciúma para comentarem o assunto.

Ademir Patrício

Goelador do Catarinense 1977/1978

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Os atacantes do Criciúma não estão rendendo, mas a verdade é que o Criciúma está com muita dificuldade na criação das jogadas. Os dois jogadores que foram contratados como referência (Rodrigo Silva e Fernando Karanga) dependem muito dos companheiros. Mas os meias não chegam e os laterais apoiam pouco.

Eles precisam “achar” um gol para combater essa falta de confiança, porque no futebol é assim: de repente você faz dois gols numa partida e não para mais. Por outro lado, a cada jogo que passa, o gol fica menor. O Rodrigo Silva já está sofrendo essa pressão, a bola já começa a queimar e a tendência é ele ter muita dificuldade porque a insegurança é grande.

Vanderlei Mior

Maior artilheiro do clube

Falar de longe é difícil, posso dizer o que tenho visto, que é um time desentrosado, que não envolve o adversário, que não cria jogadas de perigo. No máximo, um cruzamento pelo lado do campo, um chute de fora da área. O time tem nomes, mas atualmente é só um conjunto de jogadores, está longe de ser uma equipe e isso se reflete na produtividade, no baixa rendimento de criação de jogadas. Os atacante vão sofrer com essa fase, pois as bolas chegam pouco e quando chegam a marcação está montada.

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