Duas em cada três empresas britânicas reduzirão suas folhas de pagamento no primeiro trimestre de 2009, segundo cálculos do Instituto de Pessoal e Desenvolvimento do Reino Unido (CIPD, sigla em inglês), advertindo que o número de desempregados poderia chegar aos 3 milhões, o número mais alto em 12 anos.

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Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo organismo, 36% dos empresários preveem cortar vagas nos próximos meses, o dobro do previsto nos últimos três meses do ano passado, contra 27% de companhias que dizem que contratarão novos trabalhadores. Além disso, o estudo revela que um em cada oito empresários não tem intenção de aumentar nenhum salário ao longo do ano.

Entre as companhias que preveem aumentar o salário de seus empregados, o aumento médio será de 2,6%, contra 3,5% previstos no segundo semestre do ano passado.

Segundo o economista-chefe do CIPD, John Philpott, estes números mostram que as perspectivas de emprego no país estão caindo em “um ritmo alarmante” e advertiu que o número de desempregados crescerá “inevitavelmente” até os 3 milhões neste ano”.

O número de desempregados chegou a 1,92 milhões em novembro de 2008 e os analistas preveem que os dados oficiais -que serão publicados na quarta-feira – confirmem que no final de dezembro 2 milhões de britânicos já se encontravam desempregados.

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Caso se confirme este número, será a taxa mais alta desde a chegada ao poder dos trabalhistas, em 1997, e igualaria a taxa registrada nas crises dos inícios dos anos 1980 e 1990.

O relatório publicado pelo Instituto de Pessoal e Desenvolvimento foi realizado pela empresa de consultoria KPMG, que entrevistou 892 empresários do Reino Unido.