Quase 19 milhões de pessoas estavam desempregadas na zona euro em janeiro, 11,9% da população ativa, em um novo recorde agravado pelos dados da Grécia, Itália e Espanha, que põem em dúvida as políticas de austeridade impulsionadas pela Alemanha para sair da crise.

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– Isso é uma tragédia para a Europa – disse o porta-voz Jonathan Todd e exortou os países europeus a “mobilizar todos os instrumentos” que tenham ao alcance para combater este flagelo, que atinge, sobretudo, os mais jovens.

No conjunto dos 17 países da zona do euro, 11,9% das pessoas estava desempregada no primeiro mês deste ano, em comparação com os 11,8% registrados em dezembro de 2012, informou o escritório de estatísticas europeias Eurostat.

Os dados refletem um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano passado (10,8%), acrescentou.

Os números parecem confirmar os sombrios prognósticos deste ano para a zona do euro divulgados na semana passada pela Comissão Europeia (CE), que estimou um desemprego de 12% em 2013.

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Na Espanha, a quarta economia da união monetária, o desemprego voltou a aumentar a 26,2% em janeiro, quando em dezembro tinha registrado 26,1%. Os dados são catastróficos para os mais jovens: 55,5% dos menores de 25 anos estavam desempregados no país, informou a Eurostat. Na Grécia, o desemprego foi de 27% (dados de novembro), informou a Eurostat.

Os números se mantiveram estáveis na Alemanha e Luxemburgo (5,3%), em relação a dezembro, apesar do desemprego ter aumentado a 4,9% na Áustria em janeiro, enquanto em dezembro havia registrado 4,3%.