Embora a taxa geral de desemprego em SC tenha caído 10,6% do segundo para terceiro trimestre ao alcançar 6,7%, há diferenças consideráveis quando se olha os grupos populacionais, um reflexo da desigualdade social histórica do país, conforme revelam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD), divulgados nesta sexta-feira.
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No Estado, o desemprego entre brancos ficou estável no paralelo com o ano passado e caiu 13,5% em relação ao segundo trimestre. Entre pretos, o índice subiu 10% em relação ao segundo trimestre, e 12% ante 2016. Para os pardos a taxa caiu 9,4% neste ano, mas ainda é 12% maior que no ano passado.
Os negros – grupo formado por pretos e pardos, conforme a terminologia do IBGE – têm taxa de desemprego até 85% maior que a de brancos. Entre os brancos, o desemprego atingiu 5,8% da população no terceiro trimestre, enquanto entre os pretos a taxa foi de 9,8% e entre negros, de 11,5%.
Segundo o coordenador de emprego e renda do IBGE, Cimar Azeredo, esta é uma desigualdade que tem se mantido ao longo dos anos no país.
— Essa diferença se mantém, por isso o motivo do IBGE estar divulgando esses dados, é uma desigualdade que persiste, e essa população entra em trabalhos com mais informalidade e renda menor. É importante mostrar para que se tenha claro que essa população sofre no processo de inserção no mercado de trabalho – explica Azeredo.
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