Estado, a morfometria dos animais e a relação com o desempenho nas provas do Freio de Ouro é tema de pesquisa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). O estudo consiste em medir as formas físicas dos animais e compará-las com a notas que obtiveram em provas funcionais da raça. Foram feitas 641 avaliações e a maior parte dos animais estudados que apresentou nota alta na morfologia teve boa avaliação também na funcionalidade.

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Entre as conclusões, o estudo apontou que existe coincidência entre variações morfológicas e notas funcionais, mas há um ponto de equilíbrio dos animais, que deve ser respeitado.

– Há antagonismo entre características morfológicas. Algumas são ótimas para uma função específica e piores para outra. É o que desafia e estimula a seleção de um cavalo morfologicamente ideal para todas as etapas do Freio – diz o responsável pelo estudo, Charles Martins, do departamento de clínica veterinária.

Segundo Martins, o Freio de Ouro caracteriza-se como um processo seletivo multifatorial. Por isso, fatores como predisposição genética, atuação do ginete, condições de pista, avaliação subjetiva de jurados, treinamento, condicionamento físico e o boi na prova não entraram na mensuração.

Para o presidente da ABCCC, Mauro Raimundi Ferreira, a pesquisa aponta, com o auxílio da ciência, o caminho que a raça está traçando. Os resultados, porém, ainda são preliminares, como os pesquisadores ressaltam.

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– O potencial de exploração é maior. É a primeira análise da primeira coleta de dados – alerta Ferreira.