Os valores desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empréstimos já aprovados caíram 42% em termos nominais no primeiro semestre na comparação com igual período de 2015, mas os dados de aprovações de novas operações (alta nominal de 1%) e de consultas (que medem a intenção de buscar crédito, com queda nominal de 1%) mostram estabilização.

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Foram desembolsados R$ 40,12 bilhões no primeiro semestre, informou a instituição nesta quarta-feira. As consultas somaram R$ 56,454 bilhões, enquanto as aprovações de novas operações chegaram a R$ 43,910 bilhões, “sugerindo possível recuperação no nível de atividade da economia”.

“As consultas e aprovações são estágios que apontam o comportamento futuro dos desembolsos do BNDES”, diz a nota divulgada pelo banco.

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Nas aprovações, o destaque ficou com a indústria, com R$ 16,8 bilhões aprovados no primeiro semestre, alta nominal de 33% ante a primeira metade de 2015. Fez diferença para isso o financiamento de R$ 2,3 bilhões para a fabricante de celulose Fibria, aprovado em maio, que será investido na expansão da unidade da companhia em Três Lagoas (MS), no que será a maior planta do mundo.

Já as aprovações para infraestrutura somaram R$ 12,920 bilhões, alta nominal de 1% ante o primeiro semestre de 2015. “Os destaques neste caso foram as aprovações nos segmentos de construção e atividade auxiliar de transporte. Na construção, onde estão classificados alguns dos projetos de mobilidade urbana, as aprovações cresceram 512%, acumulando R$ 1 bilhão em janeiro/junho passado”, diz o BNDES.

Em termos de desembolsos, porém, os projetos de infraestrutura seguiram desembolsando menos: foram R$ 12,942 bilhões, 50% abaixo do início de 2015.

Já a indústria desembolsou R$ 11,847 bilhões no primeiro semestre, queda nominal de 42%. A agropecuária desembolsou R$ 6,650 bilhões, recuo nominal de 10% na mesma comparação. Por fim, os projetos classificados como comércio e serviços desembolsam R$ 8,681 bilhões, queda nominal de 42% ante a primeira metade de 2015.

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*Estadão Conteúdo