Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2009 somaram R$ 137,3 bilhões, com alta de 49% em relação a 2008, segundo divulgou nesta terça-feira o presidente do banco, Luciano Coutinho.
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Os desembolsos para a indústria ficaram em R$ 60,1 bilhões, volume 54% acima do apurado em 2008. Para a infraestrutura, os desembolsos cresceram 32% este ano, somando R$ 46,5 bilhões.
As aprovações do banco neste ano atingiram R$ 158,02 bilhões, um volume 30% superior ao registrado em 2008. Em 2009, os enquadramentos, de R$ 182,33 bilhões, e as consultas, de R$ 216,42 bilhões, representaram taxas de crescimento de 17% e de 23%, respectivamente, em comparação com o ano passado.
Segundo Coutinho, o desembolso recorde do banco teve forte influência da retomada da taxa de investimentos na economia, que ficou em 17,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. Este foi o período no qual o governo lançou o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), com juros reduzidos para bens de capital.
O presidente do BNDES disse ainda que espera um “crescimento pujante” desta taxa no quarto trimestre e previu que o País feche o ano com investimentos acima de 18% do PIB.
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Em 2010, o desembolso do Bndes deverá cair cerca de 8% em relação ao volume de empréstimos deste ano. Segundo projeção preliminar divulgada hoje, o desembolso em 2010 deve ficar em R$ 126 bilhões.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que a queda do desembolso no ano que vem vai refletir a saída do banco de operações de capital de giro e de apoio à exportação. O banco atuou nestas áreas apenas para suprir a falta de crédito para empresas em meio à crise. Superado o problema, o banco focará as ações na expansão dos investimentos.
– Temos que olhar 2010 com outros olhos. ê possível que, quantitativamente, o nosso desembolso seja um pouquinho menor. Mas será investimento na veia. Será um ano qualitativamente diferente do outro e comparar quantitativamente perde um pouco o sentido – afirmou Coutinho.
– No ano que vem, vamos dar foco principal ao investimento, deixando um pouco de lado essa atuação extraordinária de apoio ao capital de giro, de apoio à exportação, que o mercado pode preencher – disse.
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