Com as mudanças na Lei Seca no final do ano, a fiscalização ficou mais rígida. O reflexo já foi percebido por motoristas joinvilenses que caíram nas barreiras policiais. Desde o dia 4 de janeiro, a Polícia Militar está fazendo fiscalizações da Lei Seca em horários e locais estratégicos. A reportagem de “AN” acompanhou uma dessas operações durante a madrugada de sábado.
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Desde que o trabalho iniciou até as 3h30 deste sábado, 329 pessoas foram abordadas. Destas, 76 foram autuadas por algum tipo de infração. Por causa da nova lei, ocorreram três prisões em flagrante por embriaguez. As pessoas foram presas porque se recusaram a fazer o teste do bafômetro.
De acordo com o tenente Ulisses Rafael da Silva, a polícia pode constatar visualmente sintomas que indiquem a ingestão de bebida alcóolica ou algum tipo de droga capaz de alterar a capacidade psicomotora. Se a suspeita for confirmada na delegacia, o motorista pode responder criminalmente, o que não ocorria anteriormente.
– Além do bafômetro, outras provas são válidas, como a constatação de embriaguez, prova testemunhal e gravação de vídeo -, explicou.
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Na madrugada de sábado, dois flagrantes ocorreram. Um deles foi com um rapaz de 24 anos que conduzia uma motocicleta Honda Biz. Ele foi abordado em uma barreira na avenida Getúlio Vargas quando levava um colega em casa. Como apresentou comportamento alterado e não aceitou fazer o bafômetro, foi conduzido para a delegacia.
Durante o procedimento de autuação em flagrante, o rapaz tentou fugir, mas foi detido próximo à rua Itajaí. Por causa desse comportamento, precisou ser algemado. Ele só fugiu quando se deu conta de que realmente seria levado para a delegacia.
Desinformado sobre as mudanças na lei, ele acreditava que seria liberado assim que um conhecido chegasse para levar a motocicleta. O carona da moto confessou à reportagem que os dois beberam em uma festa.
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Um homem de 45 anos também se recusou a fazer o bafômetro e foi levado para a delegacia. No carro dele, a polícia encontrou uma latinha de cerveja. Apesar das prisões, o médico que fez o exame clínico na delegacia não considerou alteração da capacidade psicomotora dos dois, que foram liberados em seguida.
Na última abordagem da noite, um rapaz de 22 anos, ao perceber a barreira policial, seguiu na direção contrária. Ele foi perseguido por uma viatura. O rapaz aceitou fazer o teste do bafômetro, que não acusou a ingestão de álcool acima de 6 dg/L (dec. por litro). O teste ficou abaixo do máximo permitido, acusando 0,09 dg/L. Apesar de não cair no flagrante da Lei Seca, ele estava com a habilitação atrasada.
– Eu dei a volta quando vi os cones. Pensei que a rua estava bloqueada
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Você acha que as mudanças na Lei Seca vão refletir em menos acidentes?