Tite retornou para o Corinthians na tarde de 10 de outubro de 2010, em meio ao término do Nacional daquele ano. Hoje, com exatos 943 dias no cargo de treinador da equipe mais popular de São Paulo, comemora seu quarto título. Brasileirão-11, Libertadores-12, Mundial de Clubes-12 e, agora, o Paulistão.

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O caneco do Estadual, conquistado diante do Santos do astro Neymar, é “apenas” mais um desse gaúcho que “fala muito” no Parque São Jorge. Fala muito e treina muito. Nada mais é do que uma conquista a cada menos de oito meses de trabalho. E como contestá-lo?

Houve erros pontuais, mas contestá-lo é uma tarefa complicada. De uma maneira geral, não há o que dizer sobre seu trabalho à frente do elenco do Timão. E Tite aguentou muita coisa para chegar a tais números. Desmanche de equipes, saída de astros como Ronaldo e Roberto Carlos, queda para um desconhecido colombiano na primeira fase do torneio sul-americano, pressão da torcida, eleições presidenciais no clube, chegada e saída de jogadores, etc.

A conquista do título do Paulistão foi uma prova de que a cabeça dos jogadores deve ser trabalhada tanto quanto à parte física. Após viajar ao Japão para conquistar o Mundial de Clubes diante de uma das equipes mais poderosas do mundo (Chelsea-ING), a mobilização da comissão técnica foi no intuito de motivar os jogadores a disputarem o Paulista, que não tem a mesma importância.

Tite soube levar essa situação na primeira fase, na qual o Corinthians terminou na quinta posição. Na sequência, mesmo dando prioridade à Libertadores, colocou titulares diante de Ponte Preta e São Paulo. Deu certo. Chegou à decisão, caiu diante do Boca na Libertadores, mas seguiu firme e foi campeão.

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