Quando o assunto é infertilidade, geralmente as pessoas associam o tema à dificuldade em ter o primeiro filho (infertilidade primária). No entanto, a infertilidade secundária não é tão incomum. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de três milhões de pessoas com esse problema.

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– Essa é a denominação para a tentativa em ter o segundo filho – explica o ginecologista Joji Ueno, doutor em medicina pela Faculdade Medicina da USP.

De acordo com o especialista, a infertilidade secundária pode ter causas semelhantes à infertilidade primária.

– Entre elas estão: cicatrizes no útero ou nas tubas uterinas (trompas), endometriose, problemas de ovulação, baixa quantidade de espermatozoides – diz Ueno.

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Além disso, ter complicações durante o parto pode ser uma possível causa e a questão da idade, para as mulheres que apostam em intervalos longos entre uma gravidez e a tentativa de outra. Assim como ocorre com a primária, a infertilidade secundária precisa de um diagnóstico que aponte qual problema pode estar interferindo na fecundação. De forma geral, se o casal está tendo dificuldades para engravidar, a regra é buscar ajuda médica especializada.

Fique atenta se:

? A mulher tem menos de 35 anos e não engravidou dentro de um ano.

? A mulher tem mais de 35 anos e não engravidou dentro de um período de seis meses de tentativas.

? A mulher já sofreu abortos espontâneos.

? O casal tem uma história de infecções sexualmente transmissíveis.

? O casal sabe que o homem tem uma baixa contagem de espermatozoides.

? A mulher tem períodos menstruais irregulares e/ou com dor.

Ao contrário daqueles com dificuldades em ter o primeiro filho, as pessoas que são afetadas pela infertilidade secundária são muito menos propensas a procurar tratamentos de fertilidade.

– Muitos acreditam que essa dificuldade é normal e não precisam se preocupar, apenas precisam continuar tentando. E isso pode levar à frustração e a uma perda de tempo preciosa – alerta o ginecologista.

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Por isso é fundamental registrar que a infertilidade secundária pode ser diagnosticada e tratada. De acordo com Ueno, os exames são feitos por meio de ultrassons e raios-X para saber qual caminho o esperma faz até chegar às trompas.

– Se a trompa estiver boa, pode ser realizada uma inseminação artificial. Em problemas mais graves, recorremos à fertilização in vitro – finaliza o médico.