O nosso belo Estado, que conta com uma vasta geografia e diferentes ofertas turísticas, sofre com um grande gargalo: a desconexão. Acessar os nossos destinos está cada vez mais confuso e caro, o que nos mostra a forma em que o Estado e municípios tratam o tema de mobilidade urbana e turística.
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Para um turista chegar à rede hoteleira do Centro de Florianópolis ele pode usar o transporte urbano ofertado, ônibus este como os das grandes cidades, apertado, geralmente abarrotado e sem alguma possibilidade de subir com malas – ou seja, eles nos empurram ao bom, velho e caro táxi!
O mesmo acontece na nossa região. Em Balneário Camboriú existe somente uma linha que leva da rodoviária ao aeroporto de Navegantes. Detalhe: os horários quase sempre são incompatíveis com os de pousos e decolagem.
Dentro de Balneário temos também a precariedade de um transporte público ineficiente e que nos leva novamente ao táxi. Sim, este mesmo serviço que além de caro sofre com o pesado trânsito da nossa região, que hoje não se limita mais às temporadas e feriados, além de, segundo os próprios taxistas, haver demanda para pelo menos mais 30 táxis em circulação, problema conhecido mas que até hoje não teve solução.
O grande entrave é a discussão sobre uma área metropolitana que se conecte entre si, criando formas de transporte que favoreçam a população e o turismo, reduzindo o custo final aos usuários e melhorando a nossa mobilidade – área esta que até hoje não passou além dos discursos e “boas intenções”.
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Com isto veremos mais um ano de trânsito pesado, turistas e população estressada, e a nossa velha esperança brasileira por dias melhores.