Hungria, 1896. Os camponeses András Kramel e Thereza Steierlein Kramel decidem que é hora de partir. No vapor Santos, com a filha de três anos Magdalena, o casal chega ao Rio de Janeiro em 26 de maio. Ele com 31 anos, ela com 21.

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Em 1901, o jovem compra o lote 11 da colônia Jaraguá, com quase 30 mil metros quadrados. Lá, passa a morar com a família, agora composta também por outros dois filhos: Francisco e André.

Como a história de tantos imigrantes, a dos antepassados do empresário André Krammel começa assim. Ele é filho de Francisco – logo, neto de András e Thereza. Em Joinville desde 1957, é com muita emoção que o senhor de 72 anos reuniu, pela primeira vez, os descendentes de seus avós.

Em uma alegre confraternização em um restaurante joinvilense, mais de 40 familiares almoçaram juntos no sábado e aproveitaram o encontro para relembrar as histórias que ouviam dos parentes que já não vivem mais. Veio gente de todo lado do Estado: Itajaí, Rio do Sul, Jaraguá do Sul e Pouso Redondo. Metade dos presentes, conforme estima André, não se conhecia. Mas o entrosamento foi tão grande que o grupo já planeja o próximo evento.

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Ele conta que sempre teve curiosidade de saber sobre os antepassados. Há alguns anos, com ajuda do filho Alexandre, passou a pesquisar a genealogia da família – cujas descobertas foram apresentadas no encontro deste fim de semana.

– Não sabíamos quem éramos, de onde viemos. Eu sentia uma grande necessidade de resgatar a origem da minha família – diz André.