Não dá para abraçar o mundo. Chega a ser irônico que a frase tenha saído da boca de Paulo Gustavo. Logo ele, um dos atores mais onipresentes da televisão, teatro e cinema. Já são 12 anos ininterruptos nos palcos, sete de contrato com o Multishow e a franquia brasileira de maior sucesso no cinema, a do Minha Mãe é Uma Peça, cuja sequência está em cartaz e pode chegar a nove milhões de espectadores.
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Recentemente, PG passou por Santa Catarina descansando com o marido, o dermatologista Thales Bretas, na casa de amigos também estrelados: a top model Carol Trentini, o fotógrafo Fábio Bartelt e Anderson Baumgartner, dono da agência Way. Ciceroneado pelo trio em Balneário Camboriú e Itajaí, Paulo Gustavo aproveitou para ir à praia e passear de barco. No meio da programação, o ator conversou com a coluna por telefone.
Vocês esperavam superar os seis milhões de espectadores já na quarta semana de exibição de Minha Mãe é Uma Peça 2?
A gente sempre tem vontade de fazer sucesso com trabalho novo, então tínhamos uma expectativa de fazer um número bom, pelo menos igual ao primeiro ou mais um pouco. Geralmente, em uma franquia, se o primeiro filme teve sucesso, o segundo é sucesso quase garantido. A gente já esperava, mas não que seria esse fenômeno. Hoje (25/1) completamos oito milhões de espectadores e pelos cálculos dos exibidores vamos fazer nove, que é um número absurdo pro cinema nacional. Agora é correr atrás de escrever o terceiro, mas vai demorar um pouquinho. Eu não gosto de acabar um trabalho e já fazer outro no ano seguinte, fica parecendo que estou desesperado. Quero fazer uma coisa legal.
Você, com milhões de seguidores no Facebook e Instagram, é viciado em redes sociais?
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Sou sim, estou sempre alimentando. Acho que para o meu trabalho é superimportante. É uma conversa com os fãs, quase como fazer um carinho neles. Gosto de postar sobre os novos trabalhos. Essa troca é muito leal. E eu sou viciado em Instagram, falo o tempo todo. A gente vive uma era da conectividade e eu não uso só pra isso: também pago coisas no banco, faço supermercado e compro comida.
Por que escolheu Santa Catarina para curtir as férias? O que tem curtido fazer por aqui?
Na verdade não chega a ser férias. Tenho aproveitado quando não tenho gravação durante a semana. Essa já é a segunda vez já. A (Carol) Trentini é muito amiga minha, assim como o Dando (Anderson Baumgartner) e o Fabio. Eu e o Thales (Bretas, marido) ficamos na casa deles, que é uma delícia, tem uma piscina deliciosa. Acordamos juntos, vamos dormir no mesmo horário, batemos papo o dia inteiro, vamos a praia, andamos de barco. Enfim, ficamos soltos. Mas as minhas férias mesmo são em março, aí eu e o Thales vamos parar um pouco. Vamos para Turks and Caicos, no Caribe, Nova York, Miami e Orlando. São férias merecidas porque esse ano trabalhamos muito. Então, quero desligar completamente. Menos do celular, que não tem como.
O que podemos esperar do seu novo programa no Multishow?
Eu faço um palhaço cujo circo faliu e estaciono meu trailer numa vila e, nesse lugar, tem os moradores com quem eu vou contracenar. Entre os atores já temos a Taude Bara, Monique Alfradique e Katiuscia (Canoro). A gente vai fazer um programa engraçado e sensível com uma pegada diferente do Vai que Cola. Não tem data prevista pra estreia ainda, mas as gravações começam em abril.
Existe o plano ou o desejo de fazer algo na TV aberta?
Todo mundo me pergunta isso. Mas eu tenho um contrato de sete anos com o Multishow, um canal que eu amo. É o lugar que me abriu uma porta gigantesca pra fazer várias coisas que eu queria, que me dá liberdade. Eles topam tudo que proponho. Eu já recebi vários convites pra TV aberta: Record, Globo, várias emissoras. Mas realmente não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo, não dá pra abraçar o mundo. Eu faço meus projetos no cinema, tenho um trabalho no teatro desde que eu estreei, já são 12 anos no teatro sem parar. Fiz Minha Mãe é Uma Peça durante 11 anos, fiz Hiperativo durante sete e depois 220V durante mais dois. Já cheguei a fazer três peças ao mesmo tempo, uma loucura. Então fica difícil encaixar. E também acho que aberta ou fechada, acho que tá tudo junto, a internet ajudou a misturar. Tudo que você faz numa TV fechada tem uma projeção absurda na internet. O Vai que Cola, por exemplo, vai pra 40 milhões de brasileiros, os números chegam perto de uma TV aberta. Uma repercussão que me deixa megafeliz e satisfeito. Mas eu sempre converso, outro dia tive reunião com o (Carlos Henrique) Schroder (diretor da Rede Globo). A gente pensa em projetos na Globo pra esse ano, estamos sempre namorando e conversando. Somos todos parceiros, qualquer hora dessas rola.
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Dá pra ser feliz de dieta?
Vivo constantemente fazendo dieta. Eu tenho tendência para engordar e eu, como sou ator, vivo da minha imagem, então tem que estar sempre cuidando. Não só pelo corpo, mas pela saúde, que é o principal. Então pra ter saúde eu evito lactose que ataca minha sinusite, evito comer gordura, que eu fico enjoado. Eu dei uma relaxada nas férias, engordei uns sete quilos. Outro dia fui gravar pro Fantástico uma participação com a Dona Ermínia e o vestido não fechava. Fiquei desesperado. Mas daqui a pouco eu volto de novo, sou sanfona total.