O ano de 2011 foi marcado por 302 desastres naturais, que mataram 29.782 pessoas no mundo, principalmente na Ásia. O Brasil não está fora das estatísticas registrando 900 mortes causadas pelos impactos das inundações e dos deslizamentos de terras provocados pela chuva. A estimativa é que os desastres geraram prejuízos da ordem de 366 bilhões de dólares.

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A conclusão é do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (cuja sigla em inglês é UNISDR). Pelos dados da UNISDR, com base em informações do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (Cred), a maior parte das mortes foi provocada pelos efeitos dos terremotos. Pelo menos 20.943 pessoas morreram devido às consequências dos tremores de terra. Do total de mortos, 19.846 ocorreram no Japão.

A chefe da UNISDR, Margareta Wahlström, lembrou que mais de 220 mil pessoas morreram no Haiti, em janeiro de 2010, em consequência do terremoto registrado no país. O fenômeno, ressaltou ela, não ocorria na região há 200 anos.

– A menos que nós nos preparemos para o pior, o mundo estará destinado a ver perdas ainda maiores de vida no futuro – disse.

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Em 2011 também ocorreram as inundações no Brasil, os terremotos na Nova Zelândia e no Japão seguido por tsunami, além de tempestades acompanhadas por tornados nos Estados Unidos, o furacão Irene também em território norte-americano e alagamentos na Tailândia, tremores de terra na Turquia e tempestades nas Filipinas.

A UNISDR informou que a elevação das temperaturas também causou problemas, pois 231 pessoas morreram em consequência da mudança climática.

O diretor do Cred, Debby Guha-Sapir, acrescentou que os desastres naturais ocorrem em regiões em desenvolvimento e ricas. Para ele, a seca na chamada região do Chifre da África é considerada um fenômeno gravíssimo por provocar mortes em massa e gerar falta de perspectivas para as populações de vários países.

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