Desde o fim de janeiro, o ribeirão Salto do Norte, no bairro Itoupavazinha, passa por obras de desassoreamento. Com previsão inicial de ser finalizado em 30 dias, os trabalhos tiveram que ser interrompidos devido ao excesso de chuva, além do lixo encontrado no local, o que acabou comprometendo o prazo de conclusão.
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Cerca de 9 toneladas de lixo foram recolhidas do leito e das margens do rio, a partir da obra iniciada na Rua Deonísio Chequeti. Segundo o secretário de Conservação e Manutenção Urbana, Michael Schneider, muito material foi retirado do ribeirão – coisas incomuns que são jogados pela população e que contribuem para os alagamentos.
– Dessas quase 9 toneladas de lixo retiradas até o momento, encontramos pneus, árvores, geladeira, máquinas, restos de construções e até peças de computador – completa.
A obra chega a um novo trecho, na Rua Berta Mette, no bairro Itoupavazinha, alcançando 70% de conclusão. Uma etapa considerada mais crítica para as residências construídas às margens do ribeirão, segundo aponta o secretário de Defesa do Cidadão de Blumenau, Carlos Olímpio Menestrina.
– Notificamos 29 residências antes do início das obras e agora chegamos na etapa onde há mais casas próximas da margem. Orientamos os operadores das máquinas para ter o maior cuidado, pois o solo é bastante frágil e o alicerce das casas é precário, com probabilidade de ceder – aponta Menestrina.
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De forma preventiva, a Defesa Civil de Blumenau reforça a notificação aos moradores para que deixem temporariamente as casas, que ficam às margens do ribeirão. A saída deve ocorrer durante os serviços de desassoreamento e limpeza, que vão do início da manhã até o fim da tarde.
– Quando as equipes de trabalho estiverem próximas, os moradores não devem estar nas casas, até que o desassoreamento nas proximidades das residências esteja concluído. Há risco de, quando as máquinas se aproximarem, ocorrer uma movimentação de solo, porque o terreno é argiloso – completa Menestrina.
O desassoreamento do ribeirão Salto do Norte busca evitar a ocorrência de alagamentos em toda a extensão, inclusive no entorno das ruas Berta e Henrique Mette, no bairro Itoupavazinha, as mais atingidas pelas chuvas no início do ano.

A professora Heidi Berg tem um terreno da família na região e conta que os alagamentos são constantes no local e espera que a obra contribua para amenizar o problema.
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– Essa limpeza na calha do rio é importante, mas, além disso, o lixo contribui com o represamento da água. A comunidade e todo o poder público precisa fazer este trabalho de conscientização – diz.
O investimento do município é de R$ 300 mil. A estimativa da Secretaria de Conservação e Manutenção Urbana é que em três semanas os trabalhos sejam finalizados.