Elisangela de Oliveira está entre os moradores da Capital que precisa diariamente cruzar a Ponte Pedro Ivo Campos de ônibus. Apesar do emprego ser na mesma cidade, a babá perde 12% de seu dia dentro do coletivo por causa do trânsito e dos três coletivos que pega nos terminais de integração entre o Estreito, na parte continental, e o Bairro João Paulo.

Continua depois da publicidade

Em vídeo, veja depoimentos

sobre a mobilidade urbana na Capital:

Enquanto passageiros estão insatisfeitos, especialistas afirmam que o investimento no transporte coletivo é a solução mais viável para a cidade enfrentar o trânsito caótico. Por isso, o tema será um dos abordados na reunião sobre mobilidade urbana, do Floripa Te Quero Bem, na próxima quinta-feira, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Para o professor da UFSC e coordenador da Câmara de Mobilidade do Fórum da Cidade, Werner Kraus, para o transporte coletivo funcionar são necessárias duas ações: oferecer mais e melhores opções e fazer com que mais pessoas optem em se deslocar dessa forma. Assim, se diminuiria o problema de congestionamento, já que as vias estão saturadas. Nas duas pontes, por exemplo, passam por dia 178 mil veículos, enquanto foram projetadas para receber 80 mil.

Continua depois da publicidade

As catracas dos ônibus e terminais da Capital rodam 250 mil vezes por dia. Se cada pessoa faz uma viagem de ida e volta por dia, pode-se dizer que apenas 30% dos 421 mil habitantes usam o sistema. Mas isso sem levar em conta que milhares de pessoas de outros municípios trabalham na Capital e utilizam o transporte.

Só que da forma que está o transporte coletivo está atualmente, os moradores não estão tão contentes. Uma pesquisa feita pelo Instituto Mapa, a pedido da RBS, em novembro de 2011, mostrou que os moradores consideram bem regular a qualidade do transporte coletivo. Uma das notas mais baixas foi para o preço, considerado alto em relação à qualidade.