A um mês das convenções que decidirão os pré-candidatos em Joinville, oito nomes estão na corrida. As principais candidaturas são do atual prefeito Carlito Merss (PT), do ex-prefeito Marco Tebaldi (PSDB), do deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) e do empresário Udo Döhler (PMDB). Dr. Xuxo (PR), Leonel Camasão (PSOL), Rodrigo Coelho (PDT) e Sandro Silva (PPS) ainda negociam a possibilidade de compor com outras siglas.

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No estágio das conversas, ainda são poucas as alianças dadas como certas. O PMDB, até agora, não tem nenhum apoio anunciado. O senador Luiz Henrique, principal liderança do partido na cidade, ainda deseja montar a tríplice aliança, reunindo PSD e PSDB em torno da candidatura de Udo. Caso isso não se efetive, os peemedebistas trabalham com um plano B, que é trazer PDT e PPS. Dos dois partidos, sairia a indicação do vice. Por enquanto, o PTB é o mais próximo do PMDB.

Enquanto isso, Tebaldi, que lançou sua pré-candidatura no mês passado, já tem alinhavado o apoio do DEM e obteve formalização de parceria do PMN. A sigla faz também tratativas com o PSL, PPS, PV, PTC e PTN. A entrada do tucano no pleito foi um dos motivos que fez com que o deputado Darci de Matos (PSD) desistisse de concorrer à prefeitura – além da falta de apoio do governador Raimundo Colombo (PSD). Isso fez com que Kennedy fosse o nome da sigla para as eleições. Mesmo sofrendo pressão para abdicar da pré-candidatura, ele persiste e deve ter o vice vindo do PSB, único aliado que terá e que dará tempo de TV e rádio para o PSD.

Nesse cenário, o prefeito Carlito foi perdendo aliados. Atualmente, a sigla deve contar com os apoios de partidos que integram a base governista em âmbito federal. PSC, PT do B e PHS estão próximos de manter o apoio ao petista, enquanto PC do B e PRB ainda estão conversando sobre o apoio. Mesmo assim, Carlito ainda sonha em manter na sua base o PDT, que se dividiu entre ficar com os petistas e lançar um candidato, e o PR, que está entre manter o vice-prefeito Ingo Butzke, mas tem Dr. Xuxo querendo o respaldo da executiva estadual e nacional para se lançar na campanha.

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Para Dr. Xuxo ser candidato, além de alcançar uma boa margem nas pesquisas para as eleições, ele espera receber apoios.

:: Assuntos que serão pauta na campanha

Melhoria da mobilidade

Há dez anos, Joinville possuía 152,5 mil veículos nas ruas. Em dados de maio, agora, a cidade conta com 312,8 mil carros e motos circulando pelo município. É um avanço de 105,1%. Todo mês, são cerca de 1,7 mil carros a mais. Enquanto isso, os investimentos em obras viárias não conseguiram acompanhar o aumento do número de veículos. Obras prioritárias, como o Eixão Norte-Sul, a ponte que liga a rua Plácido Olimpo de Oliveira com a Boa Vista, a construção de elevados e o distante sonho da ponte que ligaria o Adhemar García com o Boa Vista ainda não saíram do papel.

Implantação e ampliação do turno integral na educação

Desde o começo do ano letivo, Joinville possui três escolas que oferecem ensino médio integral para seus alunos. E para a maior parte dos pré-candidatos, esse é um tema que não irá sair dos debates nas eleições. A nova proposta de educação de adolescentes de 15 a 17 anos, cria uma grade com nove horas diárias ao invés de quatro para os estudantes. Além disso, o ensino em sala de aula na escola é complementado com exercícios práticos em laboratórios, viagens de estudo e aulas que podem ser de violão ou judô. No novo formato de ensino, o currículo do estudante também ganha outro formato ao preparar o jovem para o mercado de trabalho. Ainda não se tem um levantamento de quanto custaria para levar todas as escolas do município. Até agora, nenhum candidato já tem de forma organizada a forma que se dará a ampliação, mas todos estão realizando estudos.

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Ativação dos leitos nos hospitais públicos

A preocupação com o sistema de saúde sempre toma boa parte do debate eleitoral. Mas se durante a campanha de 2008 a principal discussão girava em torno da construção de um hospital na Zona Sul, desta vez a principal preocupação dos pré-candidatos é com a ativação de leitos na rede hospitalar da cidade. Atualmente, existem 872 leitos na rede pública em Joinville. Mas existe demanda para, no mínimo, mais 100 leitos. E nessa lista, estão obras que tem sua conclusão esperadas há anos. É aqui onde entram os 30 leitos do quarto andar do Hospital São José, os 40 quartos do primeiro andar do pronto socorro Ullysses Guimarães, as quatro salas cirurgias interditadas do Hospital Regional e os 42 leitos do Hospital Bethesda que podem ser ativados e utilizados pelo SUS, caso o local seja entendido como hospital de retaguarda. Sem muito segredo, as propostas constituem em arranjar dinheiro e resolver os problemas burocráticos que impedem a ativação dos leitos.

Otimização da gestão pública

Rapidez na emissão de licenças ambientais, agilidade na conclusão dos processos licitatórios e diminuição dos gastos da prefeitura com despesas de pessoal são apenas alguns dos assuntos que viraram notícia desde 2009 e são citados pelos pré-candidatos como temas obrigatórios durante o período eleitoral. Foi nos últimos anos que os gastos com salários de servidores públicos cresceram e ultrapassaram os 51,3%, que é o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e impediram que o município realizasse mais investimentos em obras. Já na área de licenciamento, a demora na emissão de alvarás surgiu como vilão na saída de empresas de Joinville para cidades da região. As propostas variam de corte de comissionados, rapidez na emissão de licenças ambientais, virtualização dos processos burocráticos são algumas das ideias que surgiram até agora.