Para justificar o cenário econômico que embasou a decisão de acelerar a queda de juros, o Banco Central (BC) incluiu na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre do ano passado foi maior do que se esperava.
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Outra razão apontada pelo BC para a decisão de reduzir a Selic em 0,75 ponto porcentual foi a postergação de uma solução definitiva para a crise financeira europeia. Na avaliação do BC, ainda persistem riscos associados ao processo de “desalavancagem” – de bancos, de famílias e de governos – ora em curso nos principais blocos econômicos.
Para o BC, esses e outros fatores compõem um ambiente econômico em que prevalece um nível de incerteza muito “acima do usual”. Além desses fatores, o BC destaca que o cenário prospectivo para a inflação, desde sua última reunião em janeiro, acumulou sinais favoráveis.
A projeção de IPCA, segundo o BC, está em torno da meta de 2012, de 4,5%. “São decrescentes os riscos à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta”, justifica o BC na ata do Copom.
Em sua última reunião, o Copom reduziu de 10,50% para 9,75% ao ano a taxa Selic. Mas a decisão não foi tomada por unanimidade. Dois diretores do BC votaram pela redução da Selic em 0,5 ponto porcentual. A maioria – cinco diretores – votaram pela queda 0,75 ponto porcentual.
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