Revoltado com a desconfiança e com a sucessiva cobrança sobre seus atos, além da falta de apoio no município, o homem forte do Marcílio Dias, Ademar Egon da Rosa, parece ter chegado ao limite da indignação. O estopim para a aparente crise dessa vez foi o atraso dos salários dos jogadores. Com exclusividade, ele esclareceu à coluna quanto e como foi utilizado o dinheiro que o clube recebeu no primeiro semestre deste ano. Segundo o dirigente, o Marcílio teria recebido R 150 mil pelos direitos de imagem do Catarinense 2001 e outros R 150 mil pela participação na Copa Sul/Minas. Deduzidas as taxas, impostos e INSS, o clube ficou com R 240 mil. Desse montante, R 190 mil serviram para pagar as dívidas da Copa João Havelange, no ano passado, e as despesas do atual campeonato. O atraso das duas folhas, segundo Egon, deve ser pago quando o patrocinador repassar as parcelas que estariam pendentes há três meses. Indagado sobre sua permanência no comando do clube, veio a resposta. “Estou aqui porque nasci e cresci em Itajaí e tenho amor ao Marcílio. Depois de conseguir levar o clube ao lugar que ele merece, abro espaço para quem quiser”, assegurou. Constatação Declarações como estas levam a crer que o futebol brasileiro é administrado cada vez mais com paixão e o tal profissionalismo está cada vez mais longe da realidade. É fácil verificar analisando o perfil dos dirigentes da maioria dos clubes brasileiros e, principalmente, da região. A verdade é que quem está do lado de fora crítica, mas não quer entrar. Quem está dentro reclama, mas não quer sair. Definição A previsão da Federação Catarinense de Futebol (FCF) é que no mínimo 15 clubes confirmem hoje, durante o Conselho Técnico, a participação no Estadual da Segunda Divisão. Das 10 equipes da região inicialmente propensas a disputar a competição, apenas seis devem bater o cartão. São elas o Brusque, Camboriú, tupi, Águia do Vale, Atlético de Ibirama e Real. Reforço de nível O nadador Rogério Branco, que atualmente compete pela equipe de São José dos Campos (SP), poderá disputar os Jogos Abertos por Blumenau. Como ele nasceu na cidade poderia representá-la sem precisar comprir estágio. O acerto depende dele aceitar ou não a proposta da Fundação de Desportos. Em cima do muro O presidente da Federação Catarinense de Atletismo, Euclides Gerônimo Ribeiro, preferiu não dar sua opinião sobre a realização do atletismo em Brusque ao invés de Itajaí, sede dos Jasc deste ano. “É uma situação indesejável, mas prefiro aguardar o desenrolar dos acontecimentos para me manifestar”, analisou o dirigente, que ainda tem esperança que seja construída uma pista na cidade praiana. Galeria Amor e respeito ao esporte tinha o ex-dirigente de Blumenau, Horst R×ssel. Para ele, os atletas vinham em primeiro lugar. Batalhou por todas as modalidades, mas nunca escondeu sua paixão pelo atletismo. Certamente está triste com a dura realidade que o seu esporte predileto vive atualmente em Santa Catarina. Olho vivo O futuro: Blumenau vai sediar no fim de semana o Campeonato Sul-Brasileiro de Natação categoria Mirim/Petiz até 12 anos. Amistoso: O futsal de Blumenau vai a Luís Alves, hoje à noite, enfrentar os donos da casa na abertura do Jogos Microrregionais. Perseverança: “O guerreiro está ferido, mas ainda não morreu”. De Ronaldinho, o fenômeno, da Inter de Milão da Itália.
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