O Litoral catarinense não deve ser afetado com o derramamento de óleo que aconteceu na última quinta-feira, em Tramandaí (RS), de acordo com o Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama). Foram cerca de 1,2 mil litros de óleo que caíram no mar, próximo a Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, por volta de 11h40min da última quinta-feira. O ponto fica a aproximadamente 90 quilômetros da divisa com Santa Catarina.

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O conteúdo vazou da monoboia 602, a mais distante do Litoral, da empresa Transpetro, durante uma operação de descarregamento de um navio.

Os órgãos ambientais do Rio Grande do Sul, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Capitania dos Portos foram comunicados.

A mancha de óleo se alastrou pelo mar e chegou a ocupar uma área equivalente a 100 campos de futebol ou 100 hectares.

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O biólogo e analista ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul Kuriakin Toscan sobrevoou a área e verificou a extensão do derramamento. O vazamento, que ocorreu a seis quilômetros da orla, já está contido.

Em nota divulgada no início da manhã desta sexta-feira, a Transpetro informou que a limpeza da praia de Tramandaí foi concluída durante a madrugada.

O texto ainda informa que “embora não existam mais indícios de óleo no mar, equipes de contingência permanecerão no local para o recolhimento de eventuais resíduos trazidos pela maré. A Transpetro criou uma comissão interna para investigar as causas do acidente. O volume estimado de óleo derramado é de 1,2 m³.”

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Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil nesta sexta-feira para apurar as causas do vazamento.

Banhistas são orientados a não entrar no mar

Os veranistas que procuram as praias de Tramandaí, Imbé, Atlântida e Capão da Canoa são orientados a se afastar da faixa de areia sob risco de contaminação. O pedido é para que os banhistas evitem a área pelo menos durante todo o fim de semana.

Como aconteceu o derramamento de óleo

O defeito que causou o acidente ocorreu na ligação entre a mangueira de um navio e a monoboia 602 da Transpetro, localizada a seis quilômetros da orla. A embarcação foi identificada pela BM como o petroleiro de bandeira grega Elka Aristotle, e estaria a serviço da Transpetro. Ele despejava o óleo na monoboia, que conduziria o produto até o terminal da empresa em Osório por uma tubulação.

Quando chegou à costa, às 17h, o piche se colou à areia e causou forte mau cheiro. As equipes da Transpetro usaram ferramentas, como enxadas, para tirar a substância do solo. Os danos ambientais são desconhecidos, porém certamente haverá impacto na vida marinha, de acordo com Toscan. Ele analisará a possibilidade de multa à empresa.

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– É passível de autuação. Agora não se trabalha com essa perspectiva porque nosso foco é na limpeza, mas será avaliada – disse o biólogo.