Deputados federais terão mais dois dias de folga, nesta e na próxima semana, para aproveitarem as festas juninas em seus Estados. Como tradicionalmente ocorre todos os anos, a Câmara não realizará sessões de votações na quarta e na quinta-feira das duas semanas para que os parlamentares possam participar dos festejos.

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O argumento para a liberação é de que os deputados, principalmente os do Nordeste, precisam estar nas festas de São João em suas bases eleitorais. Em ano de eleições municipais, dizem, essa participação é ainda mais importante, sobretudo para aqueles parlamentares cujos redutos eleitorais são em cidades do interior.

Para que pudessem ser liberados mais cedo, deputados tentaram fazer um “esforço concentrado” de votações entre segunda e terça-feira. Na prática, entretanto, muitos emendaram a folga. Com dificuldade de quórum, a Casa acabou votando apenas uma medida provisória, em votação majoritariamente simbólica, ou seja, sem contagem nominal de votos.

Na próxima semana, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), já prometeu liberar novamente os parlamentares na quarta e na quinta-feira, com o acordo para que participem das votações na segunda e na terça-feira. Nas sextas, normalmente não há sessões de votações na Casa.

Maranhão avisou que não descontará nenhuma das faltas dos salários dos deputados. Segundo parlamentares, o deputado do PP já vem adotando essa postura desde que assumiu interinamente o comando da Casa — postura diferente da do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que descontava as ausências dos rendimentos.

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Na manhã desta quarta-feira, os corredores já estavam vazios. As comissões permanentes também não estão funcionando. Os poucos deputados presentes estão no plenário, acompanhando sessão especial da comissão geral que debate 10 medidas de combate à corrupção formuladas em projeto de Lei que tramita na Câmara.