Deputados do PP catarinense negociam trégua

Uma trégua entre o deputado estadual Joares Ponticelli e o deputado federal João Pizzolatti adiou para novembro a escolha dos novos dirigentes do PP de Santa Catarina e contornou – pelo menos por enquanto – a possibilidade de racha.

A manobra foi costurada pelo deputado federal Esperidião Amin e passa pela alternância no poder. O acordo, que deve ser oficializado hoje, é que o presidente Ponticelli se licencia nos próximos dias do comando do PP para dar a vez a Pizzolatti, que é vice-presidente. O gesto deve facilitar as conversas até novembro em busca de consenso.

– Faço todo o esforço para não ter qualquer dissidência nem racha e para manter o bom momento que o partido vive – disse Ponticelli ao ser questionado sobre a possibilidade de se afastar da executiva estadual.

Na noite de quarta-feira, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que comanda o diretório nacional do PP, anunciou a prorrogação do mandato dos dirigentes até novembro. A decisão atendeu a pedido dos catarinenses.

– Houve acordo nessa prorrogação do mandato entre nós dois (Ponticelli e Pizzolatti) – disse o deputado federal ao ser questionado sobre a trégua.

Os pepistas ainda não definiram o dia da convenção nem se haverá um ou mais candidatos à presidência. De qualquer maneira, a escolha do novo diretório ocorrerá depois de outubro, quando encerra o prazo legal para quem quer trocar de legenda e ter condições de concorrer em 2014.

A escolha do novo presidente do PP estava marcada para 11 de maio, mas teve de ser adiada um dia antes, depois que surgiram questionamentos sobre os registros das duas candidaturas. Naquele momento, dois candidatos concorriam à vaga.

Ponticelli, atual presidente, tenta o quarto mandato à frente do partido – o deputado estadual é também presidente da Assembleia. Outro interessado na vaga é Pizzolatti, que pela segunda vez se lança na disputa pelo comando do PP – em 2011, depois de muitas negociações, desistiu da disputa poucos dias antes da convenção.