Em tempos de internet e redes sociais envio, o envio de correspondências já custou R$ 13.293.857,67 à Câmara dos Deputados em Brasília nesta Legislatura, desde 2011. No caso da bancada catarinense, com 16 integrantes, o desembolso para os envios de correspondência foi de R$ 697.665,65. Proporcionalmente, é a bancada que mais gasta em postagens. Os números constam em levantamento feito pelo DC no Portal da Transparência da Câmara.

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Para Gil Castelo Branco, dirigente da organização não-governamental Contas Abertas, estes gastos, em sua maior parte, acabam sendo uma propaganda do parlamentar, que utiliza essa verba como pretexto de prestar contas de seu mandato.

– O parlamentar faz o uso dessa cota com o pretexto de prestar contas do mandato, mas o que observamos é uma propaganda pessoal visando o pleito. Esse gasto deveria ser reduzido, como muitos outros – afirma Castelo Branco.

O catarinense que mais gastou foi o deputado Edinho Bez (PMDB) na lista. Sozinho, ele é responsável por 24% do total gasto pelos 16 catarinenses: R$ 166.509,36 desde o início da legislatura.

Ele é o sétimo que mais gasta nesta rubrica entre os 513 deputados. Bez diz que considera as correspondências um método mais eficiente e íntimo de contato com o eleitor e salienta que procura compensar o custo dos envios com economias em outras rubricas.

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Um contrato com os Correios permite que os parlamentares façam pedidos de envio de correspondência à Câmara. Os “impressos especiais” já saem das gráficas com um código de envio. A prática permite que as correspondências sejam enviadas de qualquer agência dos Correios no país.

No entanto, se assim quiser, o parlamentar pode enviar correspondências pelo método tradicional. Nesse caso, a despesa é reembolsada mediante apresentação de nota.