Além do reajuste e do valor que coloca Santa Catarina no topo de pagamentos de auxílio-moradia, a concessão do benefício aos seis deputados com residência fixa na Grande Florianópolis também gerou polêmica.

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Amauri Soares (PDT), Angela Albino (PC do B), Edison Andrino (PMDB), Marcos Viera (PSDB) e Renato Hinning (PMDB) moram na Capital e Dirce Heiderscheidt (PMDB) mora em Palhoça. Andrino não recebe o benefício e Dirce disse ontem que, a partir de agora, também vai abrir mão do auxílio-moradia.

Para o deputado Soares, que votou contra o aumento na votação do projeto em dezembro, o benefício é uma forma disfarçada de aumentar salário e é desnecessário. Apesar disso, ele não abre mão de receber porque com os recursos promete construir uma escola de formação de líderes.

– Se eu devolver, ele volta para a fonte que é o caixa da Assembleia, em que todos os anos sobre dinheiro. Então considero que estou em melhores condições de gastar esse recurso – diz o parlamentar.

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O tucano Marcos Vieira, apesar de morar em Florianópolis, argumenta que tem base eleitoral no Oeste além dos votos da região da Capital. Por essa razão, utiliza os recursos do auxílio-moradia para manter uma estrutura de escritório na cidade de Chapecó.

Licenciado da Assembleia para assumir a secretaria de desenvolvimento regional da Grande Florianópolis, o peemedebista Renato Hinning optou, desde janeiro, por receber o salário de deputado em vez de receber como secretário. Hinning, que de acordo com informações do portal Transparência da Assembleia recebeu o auxílio no mês passado, disse que não viu seu contracheque e que vai analisar a situação. O peemedebista defende que haja um equilíbrio de tratamento com outros poderes.

– A verdade é que isso é um penduricalho de complemento de remuneração. Temos que ter um salário e acabar com essa hipocrisia – afirmou Hinning.

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A reportagem tentou contato com a deputada Angela Albino (PC do B), que estava em Brasília ontem, mas não recebeu retorno.