Deputados da comissão de transportes e desenvolvimento urbano da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) têm opiniões divergentes sobre a suspensão dos radares móveis em rodovias federais publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (15).
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A determinação do presidente Jair Bolsonaro é de que seja suspenso o uso de radares estáticos, móveis e portáteis até que o Ministério da Infraestrutura “conclua a reavaliação da regulamentação dos procedimentos de fiscalização eletrônica de velocidade em vias públicas”.
Jerry Comper (MDB) se declarou a favor:
– Talvez ele veja pela questão de que gera muitas multas e pega pessoas que, às vezes, não têm culpa de pagar uma multa. Para onde vai esse dinheiro? Se voltar para as estradas, a mobilidade urbana até a gente concorda, mas tanto dinheiro arrecadado e não se aplicar nas estradas, o nosso grande gargalo hoje. Então, eu sou a favor sim – declarou Jerry Comper.
Já Luciane Carminatti (PT) se manifestou contra:
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– Sempre entendo que o governante tem que respeitar as autoridades do setor. Se foi tomada uma decisão, ela precisa ser amparada em dados técnicos. Até o momento, não vi nenhum dado técnico que dissesse que ao retirar melhora a condição de segurança das rodovias. Se o presidente da república provar que melhora, ok, mas as informações que temos é de que o setor que atua na segurança de trânsito vê com muita preocupação essa decisão que me parece extremamente prejudicial e unilateral – disse Luciane Carminatti.
O despacho não especifica quando a medida entra em vigor, mas Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira que a suspensão passa a valer a partir de segunda-feira (19).