A Câmara de Representantes (Câmara Baixa americana) se pronunciou nesta sexta-feira a favor de permitir um novo debate e votação sobre o plano de resgate ao sistema financeiro, avaliado em cerca de US$ 700 bilhões. A Casa decidiu ainda que o pacote não poderá receber novas emendas. Na prática, significa uma blindagem por parte dos deputados para que o texto seja aprovado e siga diretamente para a sanção do presidente George W. Bush.

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Com esta decisão, aprovada em um voto de procedimento por 223 votos a favor e 205 contra, a Câmara Baixa começará agora o debate geral do projeto de lei sobre o plano, para submetê-lo a votação ainda hoje, provavelmente a partir das 13h15min de Brasília.

O Senado aprovou a polêmica medida nesta quarta-feira por 74 votos a favor e 25 contra. Na segunda-feira passada, dois terços dos republicanos e um terço dos democratas na Câmara Baixa rejeitaram a proposta inicial da Casa Branca.

A presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse hoje, em entrevista por rádio, que acredita que os líderes democratas e republicanos conseguiram os votos necessários para a aprovação da medida.

Também afirmou que não submeteria o projeto de lei à votação a menos que tivesse certeza que seria aprovado, para evitar uma repetição do que aconteceu na segunda-feira. São necessários pelo menos 218 votos para que a Câmara Baixa aprove a legislação do Senado.

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O líder da minoria republicana na Câmara Baixa, John Boehner, expressou hoje também seu otimismo de que a medida será aprovada hoje neste fórum. Disse a jornalistas que algumas emendas colocadas no projeto de lei desde segunda-feira “melhoraram”.

– É perfeita? Não, mas claramente é melhor que há uma semana”, afirmou Boehner, que se disse otimista “sobre o que acontecerá hoje.

– Não damos nada por certo e vamos continuar falando com nossos legisladores, mas chegou o momento de agir – disse.

A medida é considerada pela Casa Branca como imprescindível para estabilizar o sistema financeiro do país, vítima de grandes turbulências nas últimas semanas que atingiram a confiança das empresas e dos consumidores.

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