A oposição venezuelana denunciou nesta quarta-feira que o deputado Américo de Grazia foi ameaçado de morte por promover uma investigação sobre o massacre de 17 mineiros por um grupo criminoso no estado de Bolívar (sudeste).

Continua depois da publicidade

A coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), que controla o Parlamento, indicou em um comunicado que De Grazia recebeu mensagens de texto em seu telefone celular onde “foi informado de que a ordem para matá-lo tinha sido dada pelo prefeito de Guasipati, José Alejandro Martinez, com o vereador ‘Chino’ Reina”, ambos do PSUV, o partido do governo.

O partido não reagiu a esta denúncia, enquanto que a procuradora-geral, Luisa Ortega, chamou De Grazia a formalizar a queixa ao organismo de inquérito. Também anunciou que irá anexar suas denuncias ao caso do massacre de mineiros.

O secretário executivo da MUD, Jesus Torrealba, atribuiu as intimidações “à aliança entre os ‘pranes’ (líderes de gangues criminosas) do crime organizado e os ‘pranes’ da corrupção política”.

De Grazia e o líder opositor Andrés Velásquez denunciaram publicamente o desaparecimento e morte de dezenas de mineiros numa região na fronteira com o Brasil, no estado de Bolívar, controlado por máfias da exploração mineradora ilegal.

Continua depois da publicidade

* AFP