Quero crer que, menos pelo desinteresse e mais pelo corre-corre da aproximação das festas de final de ano, passou praticamente despercebido levantamento dos mais preocupantes divulgado pela Secretaria de Tesouro Nacional. Os números acendem de vez o sinal vermelho para todos os cidadãos catarinenses trabalhadores e pagadores de impostos. Nos últimos quatro anos, encolhemos incríveis 26% em investimentos.

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Em outras palavras, deixamos de aplicar o equivalente a mais de um terço do que vínhamos conseguindo. E, para piorar, não cabem aqui sequer justificativas de que se trata de uma queda generalizada. Os outros Estados do Sul só cresceram. O Paraná dispara na frente, com um crescimento de 62%. Um pouco mais modesta, a alta registrada pelo Rio Grande do Sul ficou em 58,6%, no mesmo período entre 2008 e 2013. E pensar que até bem pouco tempo parecia que tínhamos nos livrado da sina de nos sentirmos discriminados em relação aos Estados vizinhos.

O que está acontecendo com Santa Catarina? Ou será que a pergunta mais adequada é o que estamos permitindo que façam? Especialistas se desdobram em análises. A maioria debita a performance sofrível ao desequilíbrio das contas. Nossos gastos, principalmente com a máquina pública, andam crescendo com apetite muito mais voraz do que a arrecadação – e olha que a receita aumentou! Com as finanças em desordem, os investimentos minguam. Em Brasília, salta aos olhos o vaivém de prefeitos catarinenses, semblantes fechados tentando garantir que áreas essenciais não se inviabilizem.

Os mais realistas não veem solução a curto prazo e avisam que não é de surpreender eventual queda na qualidade de serviços. Não é assim que queremos ser tratados. A autoestima do catarinense, mais uma vez, se vê desafiada. Respeito é bom e nós merecemos!”

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