O uso de aviões agrícolas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chicungunya, é defendida pelo deputado federal catarinense Valdir Colatto (PMDB).
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Colatto fez um pronunciamento na quarta-feira, na Câmara dos Deputados, onde declarou que encaminhou ao Ministério da Saúde uma proposta do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola. De acordo com o deputado, que é engenheiro agrônomo, inseto se combate com inseticida. Ele cita o caso do uso deste método de pulverização aérea em 1975, na baixada santista, para controle de um surto de encefalite.
Cresce o número de dengue e zika em Santa Catarina
Em 2007 o Ministério da Saúde descartou o uso de aviões agrícolas, exceto em caso de epidemia.
Para o biólogo e coordenador da Vigilância Ambiental de Chapecó, Junir Lutinski, a proposta é inviável pelo desperdício de produto e possíveis danos à saúde dos animais. Ele afirmou que atualmente, os quarteirõs são isolados e o fumacê é pontual. Para Lutinski, a aplicação aérea só seria justificada em áreas alagadas.
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Outra restrição do biólogo é que os mosquitos que estão dentro das casas não seriam atingidos. Para Lutinski, há um problema no método de mobilização das pessoas, que precisa se repensado, além da aplicação das leis. – O maior vilão é o saneamento, o lixo e o esgoto a céu aberto – destacou.