— Eu acredito que dentro do governo Bolsonaro vamos concluir a duplicação da BR-280.
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A afirmação foi feita pelo deputado federal de Joinville, Coronel Armando (PSL), durante reunião do Fórum Parlamentar Catarinense realizada na Câmara de Vereadores de Araquari na última sexta-feira. Foi o primeiro encontro da bancada de Santa Catarina fora de Brasília (DF) neste ano com o objetivo de ouvir as demandas da comunidade da região.
Além de Armando, participaram os deputados Carlos Chiodini (MDB) e Fábio Schiochet (PSL), de Jaraguá do Sul, Darci de Matos (PSD) e Rodrigo Coelho (PSB), de Joinville, além de Peninha (MDB) – coordenador do Fórum Parlamentar – e Celso Maldaner (MDB). Os outros nove parlamentares catarinenses, assim como os três senadores, não participaram do encontro.
Um dos tópicos principais debatidos foi a necessidade do Governo Federal disponibilizar mais recursos para a duplicação da rodovia, do trecho de São Francisco do Sul até Jaraguá do Sul. Neste ano, foram repassados R$ 89 milhões, valor insuficiente para avançar com a obra no ritmo desejado. Seria necessário cerca de mais R$ 1 bilhão para concluir toda a intervenção.
Os deputados federais disseram ao público que é necessário incluir mais recursos no orçamento geral da União para viabilizar a duplicação e outras obras no Norte de Santa Catarina. O Congresso vai começar a debater o orçamento no segundo semestre deste ano.
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— Eu espero que nesses quatro anos a gente tenha condições de concluir e o trabalho em conjunto com os parlamentares fortalece esse pedido. Não é uma promessa, mas um comprometimento em buscar recursos e uma solução para finalmente trazer essa obra para nossa região — explicou Armando.
O superintendente estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), Ronaldo Carioni Barbosa, explicou durante a reunião que foram investidos apenas R$ 3 milhões dos R$ 20 milhões disponibilizados para o lote 1 neste ano. O trecho vai do Porto de São Francisco do Sul até a intersecção com a BR-101, onde está o maior gargalo no trânsito da rodovia.
— Conseguimos investir só R$ 3 milhões porque ainda há uma questão de desapropriações pendentes. Então, estamos trabalhando na região do Instituto Federal Catarinense (IFC) e também construindo vigas — relatou.
Enquanto a duplicação não fica pronta, o DNIT vai atender o pedido do prefeito e da Associação Empresarial de Araquari para criar dois trevos no modelo alemão – semelhante ao de acesso ao Balneário Barra do Sul – para dar mais segurança aos motoristas que precisam entrar em ruas do trecho urbano da cidade. O valor de R$ 1 milhão foi garantido pelo Fórum Parlamentar e a obra deverá acontecer nos próximos meses.
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Retomadas das obras da UFSC em discussão
Outras pautas estiveram em discussão durante a reunião, como a construção do campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na região da Rodovia do Arroz, em Joinville. As obras estão paradas há pelo menos cinco por falta de recursos para dar continuidade à construção. A conclusão prevê cerca de R$ 78 milhões. Enquanto isso, os cerca de 1,9 mil alunos atualmente têm aula em uma área alugada dentro do Perini Business Park.
A secretária-executiva do campus da UFSC em Joinville, Amarilis Laurenti esteve na reunião como convidada para fazer sobre a situação atual da universidade na cidade. Segundo ela, a instituição entende que a obra precisa ser concluída porque já houve investimentos públicos na nova estrutura e o local escolhido, às margens da BR-101, é estratégico.
— A gente vai depender exclusivamente do empenho da bancada catarinense para conseguir recursos para terminar essa obra — afirmou.
Durante o encontro, o deputado Darci de Matos apresentou uma sugestão que já havia sido conversada com o ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, falecido em 2017. A ideia é de fazer uma parceria público-privada com um consórcio que está no entorno do terreno onde estava sendo construído o campus para que eles terminem de construir os prédios e cedam para a UFSC. Com isso, também haveria a valorização dos terrenos do consórcio.
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— Se não existe dinheiro no Governo Federal, vamos ter que buscar dinheiro nos consórcios privados — alertou.
Além disso, também foi debatida a necessidade de se garantir cerca de R$ 200 milhões no orçamento da União para fazer o novo contorno ferroviário de Joinville. Outro assunto da pauta foi a possível concessão do Aeroporto de Joinville nos próximos anos e a necessidade de garantir que um provável novo administrador se comprometa a realizar investimentos no terminal, assim como aumentar o número de voos disponíveis na cidade.