Em meio à crise diplomática entre Estados Unidos e Rússia, por conta das discordâncias a respeito do conflito sírio, um gesto de racismo contra o presidente americano, Barack Obama, aumentou o mal-estar entre as duas potências nucleares. A manifestação ocorreu por meio de uma fotomontagem na rede social Twitter, em que Obama e sua mulher, Michelle, aparecem olhando uma banana. Teve como autora uma deputada da situação, a ex-tricampeã olímpica de patinação artística Irina Rodnina.

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Em seguida, como era de se esperar, surgiu uma reação forte de protestos na blogosfera.

Acuada pela reação adversa a sua postagem, Irina argumentou que a imagem foi enviada dos Estados Unidos. Explicou-se dizendo que não via problema na divulgação e apelou para a “liberdade de expressão”. E ainda acrescentou dizendo que o incômodo é problema de “quem tem complexo”.

Na imprensa russa, a reação à postagem da deputada (que integra o partido situacionista Rússia Unida e que tem uma filha morando nos EUA, onde já foi treinadora de patinação) foi de dizer que não houve surpresa, uma vez que o racismo da deputada seria mesmo assumido.

E a polêmica ganhou algum conteúdo a mais quando um integrante da Comissão de Ética do parlamento russo, o deputado Valéri Gartung, relativizou o racismo, dizendo que EUA e Rússia tem “culturas diferentes” e que “o que é mal visto em um país é normal em outro”.

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Vice-chefe da Comissão de Educação do parlamento russo, Irina ganhou suas três medalhas de ouro em patinação artística, para a Rússia, em 1972, 1976 e 1980.