“Somos maioria: representamos 51% dos brasileiros. Na hora de decidir o voto fazemos a diferença: somos 52% dos eleitores. Nos bancos escolares, também somos destaque. Enquanto estudamos 7,5 anos, em média, os homens estudam 7,1. Quando os números são relacionados ao comando das famílias, conquistamos entre 2002 e 2012 índices mais altos, passando de 4,6% para 19,4% na chefia das famílias com filhos. Se por um lado podemos considerar todos esses dados como bons reflexos das conquistas femininas, por outro, há o alerta de que boa parte das mulheres ainda precisa cuidar praticamente sozinha da casa e dos filhos e disputar cargos e, especialmente, salários melhores com os homens.
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Para se ter uma ideia, a pesquisa divulgada em 2013 pelo IBGE apontou que as mulheres ganham, em média, 73% do salário recebido pelos homens. Quando se fala de cargos no poder público, a realidade para as mulheres também é desfavorável. No Senado, são pouco mais de 10% dos parlamentares. Na Câmara dos Deputados, ocupam menos de 9% do total das cadeiras. Em Santa Catarina, também representamos 10%, com quatro mulheres entre os 40 deputados. Na última eleição, acompanhamos um aumento no número de prefeitas eleitas, assumindo 664 cidades, mas apenas uma capital.
Embora na política e no trabalho aos poucos as mulheres recuperam espaço, no cotidiano ainda enfrentam muitos problemas, entre eles a jornada múltipla de trabalho. Um levantamento do IBGE aponta um excedente superior a quatro horas na jornada total das mulheres comparada com a masculina.
Precisamos rever as relações entre mulheres e homens, entender que não é necessário firmar uma batalha entre gêneros, mas os dois entenderem seus direitos e deveres no dia a dia de uma casa, no trabalho e na vida juntos.“
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