A deputada Íris de Araújo (PMDB-GO) afirmou, na manhã desta quarta-feira, ter sido alvo de ameaças depois que começou a fazer discursos, no plenário da Câmara dos Deputados, sobre a atuação do grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Os integrantes da CPI discutiram a possibilidade de conceder proteção à deputada, que integra a comissão, e a investigadores do caso.
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Durante a sessão, a parlamentar disse que as ameaças contra ela começaram depois que foi deflagrada a operação Monte Carlo, ação da Polícia Federal que prendeu Cachoeira e seu grupo, em 29 de fevereiro. A deputada goiana disse ter feito oito discursos em plenário. A partir de então, ela informou ter recebido dez mensagens em seu Twitter com ameaças, todas anteriores à criação da CPI.
– As mensagens diziam que ia me apagar, me sequestrar, me metralhar – afirmou Íris, que pediu à Câmara dos Deputados que tomasse providências.
A Casa, segundo Íris, informou-lhe que não poderia fazer nada.
O vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), informou à deputada e aos parlamentares que desejarem ter proteção federal que é necessário apenas fazer o requerimento sobre essa demanda e que imediatamente serão encaminhados os pedidos às presidências da Câmara e do Senado. A deputada disse que não se sente à vontade de andar com escolta policial, mas estuda usar recursos da sua verba indenizatória para contratar um serviço de segurança privada.
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Os parlamentares vão pedir ainda que a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) discutam formas para garantir a proteção de quem esteja envolvido nas investigações contra a organização de Cachoeira. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal, deixou o caso após relatar ameaças de morte, e a procuradora da República Léa Batista de Oliveira já disse ter recebido mensagens eletrônicas com ameaças.