A sociedade brasileira está envelhecendo. Segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida é hoje de 73,17 anos. Nos próximos oito anos, a parcela de idosos passará de 11% para 14,6%. Já em 2040, os indivíduos com mais de 60 anos representarão mais de 27% dos brasileiros.

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O número de habitantes nessa faixa etária deixará o patamar atual de 21 milhões para beirar os 30 milhões em 2020, chegando a ultrapassar a marca dos 55 milhões em menos de três décadas. Tais projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que estamos no caminho certo ao atuar efetivamente para adoção de uma política social pública voltada para o idoso.

O Brasil tem que se preparar para o seu envelhecimento digno. Essa preocupação norteou as discussões do 1º Seminário Nacional sobre os Desafios do Envelhecimento na Sociedade Brasileira, promovido pelo Fórum Parlamentar da Pessoa Idosa na Assembleia Legislativa. Como coordenadora do Fórum Parlamentar da Pessoa Idosa, representei Santa Catarina no seminário Iniciativa Internacional sobre o Envelhecimento, em Istambul (Turquia), que discutiu políticas para o idoso.

Apresentei a experiência de Palhoça, que criou em 2005 uma verdadeira rede de proteção ao idoso. Com uma população de idosos de 10.776 mil, atende 40% deles com projetos municipais. Um dos principais é a Faculdade da Maturidade, que atende gratuitamente 600 idosos com cursos variados, além de oferecer cursos de cuidadores de idosos, de líderes de terceira idade, de grupos de apoio a familiares de idosos, enfim. Palhoça tem 33 grupos de convivência que atendem 2,3 mil pessoas com mais de 60 anos. São iniciativas que valorizam e garantem um envelhecimento com qualidade de vida, a quem precisa de carinho, apoio e proteção da sociedade.

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