De passagem por Santa Catarina para defender a reforma da Previdência, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) falou nesta segunda-feira (29) sobre a repercussão das investigações que culminaram no cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede do PSL em Minas Gerais. O caso apura a possível participação de candidatas mulheres que seriam laranjas do partido, com o objetivo de desviar dinheiro do fundo partidário e do fundo eleitoral para financiar campanhas de políticos mais representativos da legenda no Estado.
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Para a líder do governo na Câmara, a operação não interfere no andamento das pautas do governo, incluindo a reforma da Previdência.
— Nem ajuda, nem atrapalha. Não muda absolutamente nada — afirma.
Joice diz que não tem comentado profundamente o caso investigado pela Justiça Eleitoral de Minas Gerais porque não faz parte da Executiva do partido. A deputada defende que a apuração prossiga, independente do resultado. Ela pediu apenas celeridade no andamento de todo o processo.
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— Eu acho que a investigação, até para que se prove a inocência daqueles que se julgam inocentes, tem que ser a mais rápida possível. E pronto. Aí se vai ser culpado, puna-se. Se é inocente, vira a página — frisa Joice.
A parlamentar também comentou as disputas internas do governo, como as rusgas entre o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e as declarações polêmicas feitas pelo presidente da República nas redes sociais.
— Acho que se dá muita importância para uma coisa que tem relevância para os seguidores, para as redes e ponto. Não é uma política de Nação. É um tweet. Só isso — diz.
Pedido de impeachment de Mourão
O pedido de impeachment de Mourão, feito pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Marco Feliciano (PODEMOS-SP), também foi citado pela deputada, que afirmou não ter sido consultada pelo colega. A solicitação já foi arquivada pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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— É claro que quando um vice-líder do governo entra com um pedido de impeachment do vice-presidente, chama a atenção. Eu fiquei sabendo pela imprensa. Ninguém me consultou, nem mesmo o vice-líder — afirma.
Joice diz que conversou com Feliciano e o deputado lhe afirmou que se tratava de um posicionamento pessoal, sem ligação com a vice-liderança.
— Eu acho que não ajuda. Porém, eu acho que cercear qualquer liberdade é muito ruim. Então, mesmo achando que é uma posição estranha, porque não tem o respaldo da líder, não tem o respaldo do governo, não tem o respaldo de ninguém. Mas como deputado, ele pode fazer — encerra.