Nesta semana sentimos a perda de um grande nome do cinema mundial. Quem poderia imaginar que o comediante Robin Williams seria vencido pela depressão? Imagino quantas vidas o ator não marcou e transformou com suas interpretações. Podemos lembrar do Gênio da Lâmpada, Patch Adams, Peter Pan, O Homem Bicentenário, entre outras tantas produções marcantes.

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Vivemos um tempo estranho. Nossos heróis são derrubados por algo que parece apenas tristeza. Apenas tristeza ou falta de trabalho ou ainda a “pia vazia” são algumas das justificativas que ouvimos cotidianamente para quem sofre com a depressão, transtorno que hoje atinge 350 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Astros do cinema ou não, hoje 10% dos brasileiros já tomam antidepressivos, mesmo índice dos Estados Unidos, e sabemos que a doença não escolhe carreira.

É importante aproveitar o momento para lembrar que a depressão funciona como a falta de combustível no corpo, um enfraquecimento geral das nossas funções mais humanas, como sentir, desejar e fazer parte do mundo. Hoje, 15% daqueles que procuram atendimento na Associação Instituto Movimento, que realiza trabalho social na Grande Florianópolis, sofrem desse mal.

Não há uma fórmula para o tratamento da depressão, mas está claro que um dos primeiros passos para enfrentar o problema é desafiar nossos vícios e rotinas disfuncionais e desatualizadas.

É necessário encontrar novas e criativas maneiras de se colocar no mundo. São escolhas simples, como o comprometimento com as pessoas certas, aquelas que vão nos acompanhar e apoiar em direção aos nossos objetivos. Vale ainda a boa leitura, a atividade física, um instrumento musical ou mesmo o aprendizado de uma nova língua. É se comprometer com aquele que está sempre conosco: nós mesmos. Precisamos voltar a ser os heróis de nossas histórias.

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