Cientistas acabam de descobrir que a depressão pode ser “desligada” com um feixe de laser direcionado para o cérebro. Até agora funcionou em ratos de laboratório. Os pesquisadores descobriram as áreas do cérebro humano que devem ser atingidas pelo laser, acreditando que o método deve funcionar de forma semelhante aos resultados nos roedores.
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Os resultados de dois estudos relacionados a esta pesquisa foram publicados na revista americana Nature. O estudo é baseado na aplicação optogenética, que se concentra no controle das células nervosas. Ratos de laboratório foram geneticamente alterados de modo a que as células absorvessem proteína reagente à luz.
Os pesquisadores foram capazes de ativar a célula selecionada (irritá-la) com um feixe azul de laser e depois “desligá-la” com um amarelo. O experimento foi com os neurônios produtores de dopamina no cérebro, juntamente com o mecanismo de indução de sensações agradáveis ou que provocam motivações para várias atividades.
Em pessoas com depressão, o mecanismo é perturbado, por isso não respondem às sensações que no estado normal trazem prazer.
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– Basta uma pequena dose do laser, que já é suficiente para ter um efeito imediato sobre o comportamento crítico do rato _ afirmou o psiquiatra e neurologista Karl Deisseroth, da Universidade de Stanford, que participou dos dois estudos.
Surpreendentemente, o efeito desta pequena estimulação é suficiente para os sintomas depressivos desaparecerem em segundos. Quando os neurônios de dopamina foram “desligados”, os ratos não mostraram nenhum interesse sequer em suas adoradas águas com açúcar.