Melhor atleta do Mundial de Handebol, Duda Amorim terá poucos dias para aproveitar a folga. Ela chegou em Blumenau nesta terça-feira, desfilou em carro aberto pelas ruas da cidade e passará o Natal com a família. Mas já no domingo, ela embarca para a Europa, onde passará o Ano Novo com o marido e no dia 2 de janeiro reinicia os treinamentos no Gyor, da Hungria, que brigará pelo bicampeonato da Liga dos Campeões da Europa.

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Além de ser a melhor jogadora do mundial, Duda é a única brasileira a conquistar o título do mais importante torneio de clubes do mundo. Ela conversou com a reportagem do Santa em vários momentos do dia em que foi reverenciada na cidade natal. Veja os principais trechos.

O que achou dessa recepção? Imaginava algo parecido?

Duda – É uma honra para mim. A gente foi muito bem recebida em São Paulo e agora aqui, com a família. Nos dá um ânimo ainda maior e um orgulho de fazer parte desse momento histórico.

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Ser campeã na casa do adversário dá um gostinho especial?

Com certeza. Conseguimos calar a boca de 20 mil torcedores, foi algo inesquecível.

Quando vocês conseguiram perceber que poderiam ser campeãs mundiais?

Nosso objetivo era a medalha, mas nem nós acreditávamos que poderíamos ser campeãs. Acho que foi naquele jogo com a Hungria, que durou 80 minutos (válido pelas quartas de final e com vitória brasileira por 33 a 31 depois de duas prorrogações) e que tirou o fôlego de todo mundo. Ali a gente percebeu que poderíamos ir mais longe.

E o sabor de ser a melhor do mundo?

A conquista individual é uma consequência do trabalho. Só essa daqui (aponta a medalha de ouro no peito) já vale todo o sacrifício. Agora quero aproveitar para celebrar um pouco e já se preparar, pois a Seleção ainda tem muita coisa pela frente. Esse título nos deixa ainda mais confiantes para brigar por medalha nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Dá para vislumbrar um cenário diferente para o handebol brasileiro depois dessa conquista?

A gente ainda precisa jogar na Europa, lá estão as principais equipes do mundo e nos ajuda a evoluir como atleta. Mas espero que essa medalha ajude a mudar esse cenário, renovando mais as categorias de base e dando mais condições para as nossas equipes.

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O que dizer desse carinho, especialmente da família?

Eu quero dedicar esse título para eles também. Me ajudaram muito sempre, a gente se supera mesmo estando longe porque sabe que quando volto tem todo esse carinho que eles me passam. Vou ser eternamente grata a todos.