Em maio de 2016, o governo federal destinou para Santa Catarina 12 caminhões equipados, divididos em três conjuntos, para perfuração de poços profundos, como medida de combate à estiagem. O investimento foi de R$ 16 milhões. Três anos depois, apenas um dos kits entrou em operação por um convênio com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social e Meio Ambiente (Cidema) da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc). O convênio foi firmado em 2015.

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O Cidema contratou três funcionários para operar as máquinas: um geólogo, um sondador e um auxiliar, que são bancados pelas prefeituras. Os motoristas são cedidos pelos municípios onde estão os equipamentos. Desde então, foram perfurados 47 poços em 13 dos 21 municípios da região, que deve beneficiar 550 famílias.

O secretário de Estado da Agricultura, Moacir Sopelsa, disse que Santa Catarina recebeu os equipamentos mas não tinha funcionários. A solução encontrada foi o convênio com os municípios. Mas como não deu mais estiagem, o interesse diminuiu.

Equipamento para o Extremo Oeste

Um dos kits de perfuração foi destinado para a Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina no início do ano. Eles criaram um Consórcio Regional de Desenvolvimento, com 19 municípios, que vai operar os equipamentos. Para isso, devem ser contratadas também três pessoas. A expectativa é que em três meses poderão ser perfurados os primeiros poços.

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O terceiro kit foi para o Consórcio Intermunicipal de Municípios (CimCatarina) que reúne 22 municípios, a maioria do Meio Oeste. Mas depois de analisar os custos, os prefeitos optaram por desistir do equipamento e terceirizar o serviço de perfuração.

Primeiro poço está parado há mais de um ano

Em março de 2016 foi perfurado o primeiro poço do Consórcio Cidema/Amosc, na linha Flor, interior de Guatambu. Até agora, os 50 possíveis beneficiados ainda não tiveram acesso à água. É que o poço foi perfurado e fechado, mas o município não colocou a rede.

O secretário de Agricultura, Ivanir Pedro Schmidt, disse que nesse período houve troca de governo, o maquinário teve que ir para reforma e o município ainda não tem os recursos estimados em R$ 100 mil para fazer a obra. Mas prometeu que dentro de um mês vai tentar mobilizar a comunidade para solucionar esta demanda.

Parceria com a comunidade

Em Chapecó, pelo menos um dos poços perfurados já está funcionando, segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Valdir Crestani. Na comunidade de São José do Capinzal, a prefeitura entregou o poço, fez as canalização e os próprios moradores bancaram a tubulação e a bomba. Com isso, 75 famílias já receberam água. Crestani disse que mais dois poços já foram perfurados em 2017 e outros cinco estão com a licença aprovada, só aguardando as máquinas retornarem de outros municípios.

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